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    Antologia poética

    Por Carlos Drummond de Andrade
    Existem 12 citações disponíveis para Antologia poética

    Sobre

    Poucos autores brasileiros foram tão conscientes no exame da própria obra como Carlos Drummond de Andrade.O poeta mineiro era organizado, cioso do seu ofício e sabia exatamente o seu tamanho na trajetória da poesia brasileira do século XX.Prova disso é a Antologia poética, reunida e organizada pelo próprio Drummond em 1962 - quando o poeta completava 60 anos de idade e 30 de intensa atividade literária -, e uma das melhores portas de acesso para quem deseja conhecer a imensa obra do itabirano. E ninguém melhor que o próprio Drummond para reunir desde poemas clássicos de seu percurso até outras peças menos conhecidas.O amor, a morte, a memória, a família e o passado brasileiro comparecem neste alentadíssimo conjunto de poemas, organizados em nove seções. Completa o volume um esclarecedor ensaio do poeta Antonio Cicero.

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    Citações de Antologia poética

    Mundo mundo vasto mundo, se eu me chamasse Raimundo seria uma rima, não seria uma solução. Mundo mundo vasto mundo, mais vasto é meu coração.

    É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.

    Mas as coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão.

    Teus ombros suportam o mundo e ele não pesa mais que a mão de uma criança.

    Chegou um tempo em que não adianta morrer. Chegou um tempo em que a vida é uma ordem. A vida apenas, sem mistificação.

    Dentro de mim, bem no fundo, há reservas colossais de tempo,

    Mundo mundo vasto mundo, se eu me chamasse Raimundo seria uma rima, não seria uma solução.

    E digo a Fulana: Amiga, afinal nos compreendemos. Já não sofro, já não brilhas, mas somos a mesma coisa.

    Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho no meio do caminho tinha uma pedra.

    quadrilha         João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi pra os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.

    Essa ferida, meu bem, às vezes não sara nunca às vezes sara amanhã.

    E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? e agora, você? você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama, protesta? e agora, José?

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