We love eBooks
    Baixar Antropologia estrutural pdf, epub, eBook
    Editora

    Antropologia estrutural

    Por Claude Lévi-Strauss
    Existem 14 citações disponíveis para Antropologia estrutural

    Sobre



    Coletânea de dezoito textos fundamentais do antropólogo francês Claude Lévi-Strauss, publicados entre 1958 e 1973, sua fase de pleno reconhecimento. O volume inclui uma reflexão sobre a formação do pensamento antropológico, concedendo lugar proeminente ao filósofo Jean-Jacques Rousseau. Aborda temas clássicos da antropologia como ?organização social? e ?mitologia e ritual?, refletindo sobre a relação entre modelos analíticos e realidade empírica. Rebate críticas que confundem seu método de análise estrutural ao formalismo, próprio dos estudos literários de Vladimir Propp. Finalmente, posiciona-se no debate ético e político, no texto ?Raça e história?, proferido na UNESCO em 1952, um manifesto antirracista e em defesa da diversidade sociocultural, que questiona a pretensão ocidental à supremacia cultural, ancorada na ideologia do progresso e em atos massivos de destruição.
    Baixar eBook Link atualizado em 2017
    Talvez você seja redirecionado para outro site

    Citações de Antropologia estrutural

    provável que a palavra “bárbaro” se refira, etimologicamente, à confusão e inarticulação do canto dos pássaros, em oposição ao valor significante da linguagem humana.

    quanto mais se busca estabelecer discriminações entre as culturas, maior a proximidade em relação àquelas que se pretende recusar.

    Mauss foi o primeiro, em 1938, a introduzir as palavras “antropologia social” na terminologia francesa.

    Trataremos de mostrar, com dois exemplos, como a antropologia social trabalha para fazer justiça a seu programa.

    Os homens comunicam por meio de símbolos e de signos. Para a antropologia, que é uma conversa do homem com o homem, tudo o que se coloca como intermediário entre dois sujeitos é símbolo

    ou nossas ciências se debruçam sobre a dimensão diacrônica dos fenômenos, isto é, a sua ordem no tempo, e se tornam incapazes de fazer-lhes a história, ou buscam trabalhar como os historiadores, e a dimensão temporal se lhes escapa. Pretender reconstituir um passado cuja história não temos meios de atingir ou querer fazer a história de um presente sem passado, eis o drama, da etnologia num caso, da etnografia no outro.

    entre dois instrumentos idênticos, ou entre dois instrumentos diferentes mas cuja forma de algum modo se assemelha, houve e haverá sempre uma descontinuidade radical, decorrente do fato de que um não provém do outro, e sim, cada um deles, de um sistema de representação.

    Para ser legítima, a pesquisa deve restringir-se a uma pequena região, com fronteiras claramente definidas, e as comparações não poderão ser estendidas para além da área escolhida como objeto de estudo.

    A linguagem é um fenômeno social. Dentre os fenômenos sociais, é o que apresenta mais claramente as duas características fundamentais para possibilitar um estudo científico. Primeiro, quase todos os comportamentos linguísticos se situam no nível do pensamento inconsciente. Ao falarmos, não temos consciência das leis sintáticas e morfológicas da língua. Além disso, não temos consciência dos fonemas que utilizamos para diferenciar o sentido de nossas palavras; e temos ainda menos consciência – supondo que possamos tê-la às vezes – das oposições fonológicas que permitem analisar cada fonema em elementos diferenciais. Finalmente,

    etnografia consiste na observação e análise de grupos humanos tomados em sua especificidade (muitas vezes escolhidos entre os mais diferentes do nosso, mas por razões teóricas e práticas que nada têm a ver com a natureza da pesquisa), visando à restituição, tão fiel quanto possível, do modo de vida de cada um deles. A etnologia, por sua vez, utiliza comparativamente (e com finalidades que haveremos de determinar adiante) os documentos apresentados pela etnografia.

    (a antropologia social se dedica basicamente ao estudo das instituições consideradas como sistemas de representação, e a antropologia cultural ao das técnicas, eventualmente também das instituições, consideradas como técnicas a serviço da vida social).

    Para estudar uma cultura, é necessário o conhecimento da língua? Em que medida e até que ponto? Inversamente, o conhecimento da língua implica o da cultura, ou pelo menos de alguns de seus aspectos?

    Nem mesmo os especialistas conseguem fundir completamente seus conhecimentos teóricos e sua experiência de sujeito falante. Seu modo de falar é pouquíssimo afetado pelas interpretações que possam ter dele e que remetem a outro nível. Em linguística é possível, portanto, afirmar que a influência do observador sobre o objeto observado é irrisória: não basta que o observador tome consciência do fenômeno para que este seja por isso modificado.

    A maior parte das culturas que chamamos primitivas usa a linguagem com parcimônia, não se fala a qualquer momento ou a respeito de qualquer coisa. As manifestações verbais muitas vezes são limitadas a circunstâncias prescritas, fora das quais se medem as palavras. Tais

    eBooks por Claude Lévi-Strauss

    Página do autor

    Relacionados com esse eBook

    Navegar por coleções