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    As Primeiras Civilizações

    Por PINSKY, JAIME
    Existem 13 citações disponíveis para As Primeiras Civilizações

    Sobre

    'As primeiras civilizações' é uma obra enganadoramente fácil que, uma vez iniciada, se lê de uma vez só. O texto claro é fruto de cuidadosa elaboração e sua leveza esconde anos de pesquisa e docência do historiador Jaime Pinsky. No livro - que ultrapassou 50 mil exemplares vendidos - está narrado o fascinante processo civilizatório que conduz nossos ancestrais à conquista da fala, da agricultura, da escrita, à criação das cidades e dos impérios, à construção de templos e palácios, ao controle sobre os rios, à criação da civilização. Pitecantropídeos e Homo sapiens, coletores e agricultores, sociedades tribais e grandes impérios, egípcios, mesopotâmicos e hebreus são retratados nas páginas deste livro, cujo fascínio não decorre apenas dos temas tratados, mas da forma como são tratados: o passado não é algo encerrado, mas presente em cada um de nós, tanto como herdeiros do patrimônio cultural - do fogo ao monoteísmo ético - quanto por sermos personagens da mesma aventura humana já trilhada pelos que nos antecederam.
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    Citações de As Primeiras Civilizações

    No Egito e na Mesopotâmia havia, portanto, condições potenciais altamente favoráveis à agricultura, condições essas, entretanto, que precisavam ser aproveitadas com um trabalho sistemático, organizado e de grande envergadura. Talvez por isso a urbanização tenha-se desenvolvido antes aí e não em outras regiões do Oriente Próximo.

    “a invenção de um sistema de escrita foi apenas um acordo sobre os significados que deviam ser atribuídos aos símbolos pela sociedade que deles se utilizava para seus objetivos comuns”.

    O homem não pode viver num estado permanente de equilíbrio: tranquilidade, serenidade e calma excessivos são sinônimos não só de aborrecimento, de tédio, mas até de ausência de vida. O risco, aparentemente uma declaração de amor à morte, é paradoxalmente uma atitude radical que faz com que nos sintamos vivos.

    Pelos conhecimentos atuais supõe-se que a primeira atividade agrícola tenha ocorrido na região de Jericó, num grande oásis junto ao Mar Morto, há cerca de 10 mil anos.

    Uma civilização, via de regra, implica uma organização política formal com normas estabelecidas para governantes (mesmo que autoritários e injustos) e governados; implica projetos amplos que demandem trabalho conjunto e administração centralizada

    Um grupo humano que se organiza mediante o trabalho para explorar as condições favoráveis de uma determinada região, alterando-a no processo de extração de sua substância, é algo muito diferente: é História Social.

    As cidades representam a grande revolução da humanidade. Elas permitem o trabalho organizado de um grande número de pessoas sob uma liderança que vai adquirindo legitimidade, a ponto de estabelecer sanções para os que se recusam a cumprir as tarefas estabelecidas.

    O risco, aparentemente uma declaração de amor à morte, é paradoxalmente uma atitude radical que faz com que nos sintamos vivos.

    O passado que não nos incomoda, não nos estimula e não nos toca de alguma forma, não merece ser estudado. No fundo, há uma só história, aquela que nós tentamos conhecer.

    Afinal, se geramos monstros, também geramos gênios: na mesma terra em que nasceu Hitler, nasceu Mozart…

    Nós, historiadores, ficamos sem saber sobre a importância a ser dada a essas personagens. Maravilhados e envolvidos pela documentação revelada, começamos por transformar “nosso” rei em um grande herói, ou sábio, ou conquistador, acreditando demais no autopanegírico que ele faz. Depois, passamos por um período de profundo ceticismo quando verificamos que ele afirmou ter conquistado uma região que não conquistou ou levantado um templo que já estava pronto. Qual governantes de hoje, especialistas em reinaugurar obras já inauguradas ou ainda em construção, os reis antigos mentiam em sinais cuneiformes ou hieroglíficos.

    Por conta dessa perfeição quase incrível é que, até nos dias de hoje, alguns escritores incultos em vez de tentar entender as pirâmides dentro do conjunto da civilização egípcia preferem atribuí-las a seres extraterrestres. De vez em quando aparece um livro como Eram os deuses astronautas? e apresentam ETs e androides levantando pirâmides. Pura bobagem, delírios alimentados pela ingenuidade popular e pela qualidade das edificações.

    A repartição da carne de caça passa por longos rituais que se iniciam com a autodepreciação do feito pelo próprio caçador e culminam com um complexo sistema de distribuição do produto, em que interferem alianças, parentescos e devolução de favores. No final das contas todos acabam sendo atendidos, recebendo seu quinhão. Interessante é que o caçador deve desvalorizar seu feito (tanto mais quanto maior for a caça) diante de todos os membros do grupo para que não se sinta superior a quem quer que seja. Embora alguns sejam melhores caçadores do que outros, isso não implica uma ascendência ou mesmo um prestígio maior. Como decorrência dessa postura, o grupo não tem líder nem subordinados; todas as coisas são decididas em conjunto, e as pendências, resolvidas mediante zombarias.

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