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    Bom Crioulo: Clássicos de Adolfo Caminha

    Por Adolfo Caminha
    Existem 5 citações disponíveis para Bom Crioulo: Clássicos de Adolfo Caminha

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    Bom Crioulo é um romance de Adolfo Caminha publicado em 1895, considerado por alguns como o primeiro romance homossexual na história de toda a literatura ocidental.

    Bom Crioulo foi recebido com escândalo pela crítica literária e com silêncio pelo público, devido à ousadia de abordagem de temas tabu, como o sexo inter-racial e a homossexualidade em ambiente militar, com uma frontalidade e erotismo pouco usuais para a época.

    Amaro, o personagem principal, é um escravo foragido que anseia ser dono de seu próprio destino. É aceito como marinheiro, o que lhe permite realizar o seu sonho de liberdade e que, associado ao seu físico imponententemente muscular, "sem um osso à vista", claramente mais possante que o dos outros marujos, o transforma em alguém voluntarioso e benevolente, de tal forma que recebe a alcunha "Bom Crioulo".

    A disciplina da Marinha de Guerra parece-lhe suave quando comparada com a das fazendas de café, onde era escravo, e o Bom Crioulo só vai senti-la duramente quando conhece Aleixo, um belo grumete adolescente louro, de olhos azuis, por quem se apaixona. Amaro deixa de ser o marinheiro submisso. Envolve-se em brigas para defender o seu amado, embebeda-se, é castigado. Mas o que obtêm em troca de Aleixo é mais gratidão que amor.
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    Citações de Bom Crioulo: Clássicos de Adolfo Caminha

    Isso de se dizer que preferia uma sexo a outro nas relações amorosas podia ser uma calúnia como tantas que inventam por aí… Ele, Bom-Crioulo, não tinha nada que ver com isso. Era uma questão à parte, que diabo! ninguém está livre de um vício.

    Seguia-se o terceiro preso, um latagão de negro, muito alto e corpulento, figura colossal de cafre, desafiando, com um formidável sistema de músculos, a morbidez patológica de toda uma geração cadente e enervada, e cuja presença ali naquela ocasião, despertava grande interesse e viva curiosidade: era o Amaro, gajeiro da proa – o BOM CRIOULO na gíria de bordo.

    Reconhecia que fizera mal, que devia ser punido, que era tão bom quanto os outros, mas, que diabo! estava satisfeito: mostrara ainda uma vez que era homem… Depois estimava o grumete e tinha certeza de o conquistar inteiramente, como se conquista uma mulher formosa, uma terra virgem, um país de ouro… Estava satisfeitíssimo.

    a figura exótica de um marinheiro negro, d’olhos muito brancos, lábios enormemente grossos, abrindo-se num vago sorriso idiota, e em cuja fisionomia acentuavam-se linhas características de estupidez e subserviência

    O motivo, porém, de sua prisão agora, no alto mar, a borda da corveta, era outro, muito outro: Bom-Crioulo esmurrara desapiedadamente um segunda classe, porque este ousara, “sem o seu consentimento”, maltratar o grumete Aleixo, um belo marinheirito de olhos azuis , muito querido por todos e de quem diziam-se “cousas”.

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