Adaptação dramática do romance "O Guerreiro Decapitado".
No século I da nossa era, estabelecida a paz entre os povos autóctones e os conquistadores, na velha aldeia dos brácaros começava a erguer-se uma cidade a que, para homenagear o imperador, os seus habitantes deram o nome de Brácara Augusta. Dos montes à volta desciam artífices, pastores e labregos a vender os seus produtos no mercado e a comprar o que necessitavam. Pentóvio, que habitava a pequena aldeia de Eleanóbriga sobre o monte com vista para a cidade, sentia-se um estrangeiro na própria terra onde nascera. Tudo pertencia agora aos romanos. Os brácaros, depois da guerra, habituaram-se à presença do invasor, tentando viver como até aí: em pequenos aglomerados de casas, a pastorear as cabras e ovelhas, a plantar couves e cebolas. Falavam a sua língua, tinham as suas festas, os seus deuses.
No século I da nossa era, estabelecida a paz entre os povos autóctones e os conquistadores, na velha aldeia dos brácaros começava a erguer-se uma cidade a que, para homenagear o imperador, os seus habitantes deram o nome de Brácara Augusta. Dos montes à volta desciam artífices, pastores e labregos a vender os seus produtos no mercado e a comprar o que necessitavam. Pentóvio, que habitava a pequena aldeia de Eleanóbriga sobre o monte com vista para a cidade, sentia-se um estrangeiro na própria terra onde nascera. Tudo pertencia agora aos romanos. Os brácaros, depois da guerra, habituaram-se à presença do invasor, tentando viver como até aí: em pequenos aglomerados de casas, a pastorear as cabras e ovelhas, a plantar couves e cebolas. Falavam a sua língua, tinham as suas festas, os seus deuses.