Neste seu primeiro romance, Café Central: o tempo submerso nos espelhos (selo Escrituras), o autor João de Jesus Paes Loureiro usa como cenário a maior referência da comunidade pensante de Belém durante os anos 1970: o Café Central. O local servia de refúgio intelectual aos contestadores do novo regime e abrigou diversos artistas durante a ditadura e, antes ainda, recebia com regularidade a escritora Clarisse Lispector.
Na narrativa, o autor faz uso do cenário político, ao passo que destaca o estado de espírito comum aos contestadores da época e, com precisos detalhamentos, descreve o famoso Café fazendo com que o leitor se vislumbre com o ambiente. A estética também ganha importância na obra, uma vez que o Café Central é uma das reminiscências da Belle Époque no Brasil, sustentando então a arquitetura e decoração Art Déco.
Os problemas começam quando o Café Central não consegue se desvencilhar da vigilância da polícia e deixa de ser palco de ideias e liberdade à clientela.
Verdadeiros elementos históricos e políticos, como a presença do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), da repressão e da violência tornam o romance surpreendentemente verossímil e envolvente.
Na narrativa, o autor faz uso do cenário político, ao passo que destaca o estado de espírito comum aos contestadores da época e, com precisos detalhamentos, descreve o famoso Café fazendo com que o leitor se vislumbre com o ambiente. A estética também ganha importância na obra, uma vez que o Café Central é uma das reminiscências da Belle Époque no Brasil, sustentando então a arquitetura e decoração Art Déco.
Os problemas começam quando o Café Central não consegue se desvencilhar da vigilância da polícia e deixa de ser palco de ideias e liberdade à clientela.
Verdadeiros elementos históricos e políticos, como a presença do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), da repressão e da violência tornam o romance surpreendentemente verossímil e envolvente.