Estamos em crise, quer dizer, estamos sem fé. Começou na Reforma, com a autocracia do indivíduo, o caminho funesto que, através do racionalismo, iluminismo, liberalismo, imperialismo, bolchevismo, conduz ainda ao horror do aniquilamento. Já não acreditávamos em nada e, enfim, tampouco em nós mesmos. Mas é impossível viver sem fé. Viver, aliás, já é um ato de fé. Por isso, preferimos morrer crescem em progressão geométrica as cifras de suicídio.[...] O indivíduo e a comunidade reconheceram que viver e conviver são impossíveis sem positivas convicções de fé, como só a religião é capaz de oferecê-las. O Estado e a política recordam-se de fundamentos religiosos a economia aspira a alcançar compromissos morais de antigamente. Mesmo as ciências até agora tão alheias à religião tornam a reconhecer a força vital indestrutível da postura religiosa, e chegaremos a ouvir que os resultados da pesquisa científica moderna já não são obstáculos, e sim suportes à fé. Mas ainda domina o território a ciência ateísta do século XIX, infundida em milhões de cabeças por um dilúvio de livros e brochuras populares.[...]A propósito de iluminar as diversas correntes espirituais e religiosas, políticas e econômicas do presente, empreende-se neste livro a tentativa de mostrar que elas, querendo ou não, demonstram uma tendência imanente que aponta a uma só destinação. De preferência invocou-se o testemunho de autores não-católicos ou anticatólicos: os caminhos levam a Roma”
Caminhos para Roma
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