Quando no dia 10 de Junho de 1580, Luís de Camões expirava em Lisboa, na mais completa miséria, ao desamparo de todos, abandonado até de si mesmo, se alguém lhe dissesse que ele só morria para ficar imortal, talvez que o Poeta, esmagado como o Gladiador pelo seu próprio destino, sem que no vasto Anfiteatro uma voz, um gesto, um olhar, pedisse compaixão para ele, afastasse com indiferença essa esperança de uma vida que não é mais do homem, mas tão-somente do seu gênio e da sua obra....
*Adaptado à nova reforma ortográfica da língua portuguesa
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