Cancioneiro
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Hoje já não tenho personalidade: quanto em mim haja de humano, eu o dividi entre os autores vários de cuja obra sou o executor. Sou hoje o ponto de reunião de uma pequena humanidade só minha.
arte que queira representar bem a realidade terá de a dar através duma representação simultânea da paisagem interior e da paisagem exterior.
Só quem puder obter a estupidez Ou a loucura pode ser feliz. Buscar, querer, amar… tudo isto diz Perder, chorar, sofrer, vez após vez.
Tão ténue melodia Que mal sei se ela existe Ou se é só o crepúsculo, Os pinhais e eu estar triste…
Entre o sono e o sonho, Entre mim e o que em mim É o quem eu me suponho, Corre um rio sem fim.
[Hora morta] Lenta e lenta a hora Por mim dentro soa (Alma que se ignora!) Lenta e lenta e lenta, Lenta e sonolenta A lua se escoa…
VI O sono — Oh, ilusão! — o sono? quem Logrará esse vácuo ao qual aspira A alma que, de aspirar em vão, delira, E já nem força para querer tem? Que sono apetecemos? O d’alguém Adormecido na feliz mentira Da sonolência vaga que nos tira Todo o sentir no qual a dor nos vem? Ilusão tudo! Querer um sono eterno, Um descanso, uma paz, não é senão O último anseio desesperado e vão. Perdido, resta o derradeiro inferno Do tédio intérmino, esse de já não Nem aspirar a ter aspiração. 1909