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    Cancioneiro

    Por Fernando Pessoa
    Existem 7 citações disponíveis para Cancioneiro

    Sobre

    O Cancioneiro é composto por poemas líricos, rimados e metrificados, de forte influência simbolista, um dos pouco que ele assinou com o própio nome. É do Cancioneiro um dos poemas mais célebres de Pessoa, Autopsicografia, em que reflete sobre o fazer poético: ?O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm.??Apesar do próprio Fernando Pessoa afirmar que "Cancioneiro (ou outro título igualmente inexpressivo) reuniria vários dos muitos poemas soltos que tenho, e que são por natureza inclassificáveis salvo de essa maneira inexpressiva", o título dessa obra não é, de forma alguma, 'inexpressivo', porque o seu entendimento global está relacionado diretamente ao título. Cancioneiro é a designação dada ao conjunto poesias líricas medievais, portuguesas ou espanholas.As poesias de Fernando Pessoa reunidas sob o título de Cancioneiro, além de prestar uma homenagem a tradição lírica lusitana de preservar os seus mais antigos textos literários, também se relacionam com as cantigas medievais, pois o ritmo e a métrica dos versos deixam esses poemas tão harmoniosos que eles se transformam também em 'verdadeiras letras de música'.
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    Citações de Cancioneiro

    Hoje já não tenho personalidade: quanto em mim haja de humano, eu o dividi entre os autores vários de cuja obra sou o executor. Sou hoje o ponto de reunião de uma pequena humanidade só minha.

    arte que queira representar bem a realidade terá de a dar através duma representação simultânea da paisagem interior e da paisagem exterior.

    Só quem puder obter a estupidez Ou a loucura pode ser feliz. Buscar, querer, amar… tudo isto diz Perder, chorar, sofrer, vez após vez.

    Tão ténue melodia Que mal sei se ela existe Ou se é só o crepúsculo, Os pinhais e eu estar triste…

    Entre o sono e o sonho, Entre mim e o que em mim É o quem eu me suponho, Corre um rio sem fim.

    [Hora morta]   Lenta e lenta a hora Por mim dentro soa (Alma que se ignora!) Lenta e lenta e lenta, Lenta e sonolenta A lua se escoa…

    VI   O sono — Oh, ilusão! — o sono? quem Logrará esse vácuo ao qual aspira A alma que, de aspirar em vão, delira, E já nem força para querer tem?   Que sono apetecemos? O d’alguém Adormecido na feliz mentira Da sonolência vaga que nos tira Todo o sentir no qual a dor nos vem?   Ilusão tudo! Querer um sono eterno, Um descanso, uma paz, não é senão O último anseio desesperado e vão.   Perdido, resta o derradeiro inferno Do tédio intérmino, esse de já não Nem aspirar a ter aspiração.   1909

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