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    Carlos Lacerda: a República das abelhas

    Por Rodrigo Lacerda
    Existem 11 citações disponíveis para Carlos Lacerda: a República das abelhas

    Sobre

    Carlos Lacerda foi o político mais controverso de sua época. Para uns, foi salvador da pátria. Para outros, reacionário feroz. Seu pai, seus tios e seu avô tiveram participação igualmente decisiva nos principais lances da política brasileira, da Primeira República ao suicídio de Getúlio Vargas, em 1954.

    Por volta de 1870, abolicionista e republicano, Sebastião de Lacerda entrou na vida pública. Entre 1910 e 1940, Maurício, seu filho mais velho, tornara-se um socialista utópico na Primeira República. Seus outros dois filhos, Fernando e Paulo, chegaram a secretários-gerais do Partido Comunista. Entre 1930 e 1960, seu neto, Carlos Lacerda, percorreu todo o espectro político, consolidando-se como o principal adversário de Getúlio e, em seguida, do getulismo.

    Ao lado de republicanos, abolicionistas, liberais, socialistas, comunistas, explosivos, admirados, idealistas e destruidores sistemáticos, eles formam a República das abelhas, descrita com brilho por um dos prosadores mais inventivos da literatura brasileira contemporânea.

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    Citações de Carlos Lacerda: a República das abelhas

    Em vez de impedir a ditadura getulista, a Intentona acelerou sua implantação, dando-lhe o pretexto que precisava.

    Pois bem, numa determinada passagem, com sua letra barroca, cheia de hastes para cima e para baixo da linha, o padre havia anotado: “Argumento fraco; elevar a voz”.

    Quando você é sectário, os outros são sempre menores que você, piores que você, e dá um orgulho muito grande sentir-se parte de um grupo de pessoas mais avançadas, conscientes, generosas, críticas e corajosas que a maioria.

    “A guerra é uma coisa grave demais para ser confiada aos militares”; “Manejar o silêncio é mais difícil do que manejar as palavras”; “A guerra é uma série de desastres que resultam num vencedor”.

    “Ocorre, meu filho, que em política não há assassinato. O que há é remoção de obstáculo.”

    Se Prestes não tivesse se recusado a liderar o movimento militar que, como meu pai havia previsto, nasceu de dentro da Aliança Liberal, se tivesse aceitado a dobradinha com o influente líder político dos operários, talvez o futuro do Brasil tivesse caminhado rumo ao socialismo, ou mesmo ao comunismo.

    “Manejar o silêncio é mais difícil do que manejar as palavras”;

    Assim, por mais arrebatado e precoce que eu fosse, com minha paixão pelos tenentes e minha admiração de filho, a política se tornou uma atividade misteriosa, capaz de realçar as melhores e as piores características das pessoas. Um território desconhecido e perigoso, cujo efeito sobre a pessoa é imprevisível. Junto com o fascínio que inspirava, havia uma carga negativa imensa, havia o medo de perder o controle sobre o próprio destino e de, involuntariamente, prejudicar quem estivesse ao lado.

    Se eu pudesse oferecer ao cidadão brasileiro um único conselho (e o cacófato aí, proposital, reflete o valor que a essa altura dou para os conselhos), seria o seguinte: nunca acredite no político que só te dá boas notícias.

    “Todos nós sabemos que agradar ao povo, num momento de grandes reformas, é difícil. Em geral, ele prefere o problema conhecido à solução desconhecida. Depois entende e apoia.”

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