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    Cegueira moral

    Por Zygmunt Bauman
    Existem 13 citações disponíveis para Cegueira moral

    Sobre

    Do mesmo autor do best-seller Amor Líquido.

    O mal não está restrito às guerras ou às circunstâncias nas quais pessoas atuam sob condições de coerção extrema. Hoje ele se revela com frequência na insensibilidade diária diante do sofrimento do outro, na incapacidade ou recusa de compreendê-lo e no desejo de controlar a privacidade alheia. A maldade e a miopia ética se ocultam naquilo que consideramos comum e banal na vida cotidiana.

    Esse livro é composto por cinco diálogos de Zygmunt Bauman com Leonidas Donskis, filósofo, cientista político e historiador das ideias, professor de ciência política na Universidade de Vytautas Magnus, na Lituânia, e membro do Parlamento Europeu.
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    Citações de Cegueira moral

    Felizes eram os tempos em que havia formas evidentes de mal. Hoje não sabemos mais quais são elas e onde estão.

    Uma atitude consumista pode lubrificar as rodas da economia, e ela joga areia nos rolamentos da moral.

    Duas manifestações do novo mal: a insensibilidade ao sofrimento humano e o desejo de colonizar a privacidade apoderando-se do segredo de uma pessoa, aquela coisa de que nunca se deveria falar, que jamais poderia se tornar pública. O uso global de biografias, intimidades, vidas e experiências de outras pessoas é um sintoma de insensibilidade e falta de sentido.

    A destruição da vida de um estranho, sem haver a menor dúvida de que se cumpre o dever e de que se é uma pessoa moral, essa é a nova forma do mal, o formato invisível da maldade na modernidade líquida.

    Recusando-se a se juntar ao Facebook, você perde amigos (o grotesco é que no Facebook você pode ter milhares de amigos, embora, como diz a literatura clássica, encontrar apenas um amigo para toda a vida seja um milagre e uma bênção). Mas isso não é somente uma questão de perder relacionamentos, é uma separação social por excelência.

    Tentar interpretar esse mundo em termos de categorias como bem e mal, pela ótica política e social do preto no branco e das separações quase maniqueístas, é hoje tanto impossível quanto grotesco.

    Tudo é permeado pela ambivalência. Não há mais nenhuma situação social inequívoca, da mesma forma que não há mais atores inflexíveis no palco da história. Tentar interpretar esse mundo em termos de categorias como bem e mal, pela ótica política e social do preto no branco e das separações quase maniqueístas, é hoje tanto impossível quanto grotesco. Este é um mundo em que há muito deixou de controlar a si mesmo (embora busque obsessivamente controlar os indivíduos), que não pode responder a seus próprios dilemas nem reduzir as tensões que ele mesmo semeou.

    o olhar de Bauman incorpora o princípio de um espelho ético. O que volta para você são todas as suas atividades, sua linguagem e tudo que você disse ou fez sem pensar, simulando segurança, todo o seu mal irrefletido, porém silenciosamente endossado.

    O mal não está confinado às guerras ou às ideologias totalitárias. Hoje ele se revela com mais frequência quando deixamos de reagir ao sofrimento de outra pessoa, quando nos recusamos a compreender os outros, quando somos insensíveis e evitamos o olhar ético silencioso.

    Coisas transformadas em rotina não encantam ninguém – é preciso tornar-se um astro ou uma vítima para atrair algum tipo de atenção de sua própria sociedade.

    A pior combinação possível agora, em sua visão, reside na fusão de vítima e herói, que ressuscita a dignidade dos degradados, mas cobra o preço da morte do herói e da glorificação da destruição. A aniquilação física do inimigo ou sua corporificação, necessariamente acompanhada da autoaniquilação do herói, ou seja, o fato de ele transformar-se em vítima, restabelece a dignidade perdida. A mistura perfeita de herói e vítima é atingida pelo culto dos shahids, ou mártires, na consciência dos terroristas e daqueles que acreditam neles.

    E assim, “ao contemplar a mudança, ficamos sempre divididos entre o desejo e o medo, entre a previsão e a incerteza”.11 Incerteza quer dizer risco, companheiro inseparável de toda ação e espectro sinistro assombrando os tomadores de decisões e selecionadores compulsivos que temos sido desde que, como Melucci aponta com vigor, “a escolha se tornou um destino”.

    Você pode, logo deve. Você pode estar on-line, logo, deve estar on-line. Se estiver off-line, deixa de participar da realidade. Ponto-final.

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