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    Chame como quiser

    Por Anderson Henrique

    Sobre

    Livro surpreende leitor com contos fantásticos

    Histórias com enredos fantásticos, ironia e um pouco de acidez, é o que promete o livro Chame Como Quiser, de Anderson Henrique. Publicado pela editora Penalux, a obra reúne 13 contos que recorrem ao niilismo e ao sarcasmo para dissecar o cotidiano e questionar as relações humanas.

    É comum classificar os livros e seus autores em correntes, escolas ou times. Chame Como Quiser é um caso à parte. Não há uniformidade nos temas ou na estética dos contos que compõem a coletânea. O conto “Invisível”, por exemplo, examina a dinâmica dos núcleos familiares através da rotina de um adolescente que tem a convicção de estar desaparecendo. É um texto que se aproxima do fantástico para indagar a fragilidade dos elos sociais. Já em “O jantar”, a inclinação para o absurdo é clara: um funcionário de escritório é convidado para um jantar misterioso em que é tomado por uma celebridade de renome internacional. Vemos a ascensão do personagem à condição de divindade e seu inevitável regresso ao mundo dos mortais.

    A diversidade narrativa parece definir o livro desde a escolha do título: recortes urbanos quase jornalísticos se misturam a narrativas que apostam em tradições regionalistas; contos que remetem ao realismo mágico como “Multiplicai” figuram ao lado de textos mais pueris como “Belinha”.

    O livro sai com a chancela de Marcelino Freire, autor de “Contos Negreiros” e premiado com o Jabuti de 2006. E para que não se pense que a literatura aqui é levada ao extremo da seriedade, sisuda e tradicional, uma subscrição na capa indica que este é o segundo volume de uma série de um livro só. Anderson extrapola o jogo no conteúdo, em sua biografia e nos elementos gráficos que compõem a obra.

    “Este autor não é confiável. Usa máscaras, tem duplos. Inúmeros irmãos imaginários. É imaginação de sobra. E a gente que leia nas entrelinhas. Que chame como quiser o que ele faz. Na sombra, no disfarce. Nas manobras. Dobras e desdobramentos. Cuidado. Anderson Henrique é o nome desde contista. Dos bons. E você, leitor(a), a vítima. Que sorte!” -- Marcelino Freire
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