Charneca em flor
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Quem fez ao sapo o leito carmesim De rosas desfolhadas à noitinha? E quem vestiu de monja a andorinha, E perfumou as sombras do jardim? Quem cinzelou estrelas no jasmim? Quem deu esses cabelos de rainha Ao girassol? Quem fez o mar? E a minha Alma a sangrar? Quem me criou a mim? Quem fez os homens e deu vida aos lobos? Santa Teresa em místicos arroubos? Os monstros? E os profetas? E o luar? Quem nos deu asas para andar de rastros? Quem nos deu olhos para ver os astros – Sem nos dar braços para os alcançar?!…IN MEMORIAMAo meu morto querido
CHARNECA EM FLOREnche o meu peito, num encanto mago, O frémito das coisas dolorosas… Sob as urzes queimadas nascem rosas… Nos meus olhos as lágrimas apago… Anseio! Asas abertas! O que trago Em mim? Eu oiço bocas silenciosas Murmurar-me as palavras misteriosas Que perturbam meu ser como um afago! E nesta febre ansiosa que me invade, Dispo a minha mortalha, o meu burel, E, já não sou, Amor, Sóror Saudade…Olhos a
Amar, amar; amar; amar siempre y con todo El ser y con Ia tierra y con el cielo, Com lo claro dei sol y lo obscuro dei lodo. Amar por toda ciencia y amar por todo anhelo. Y cuando Ia montana de Ia vida Nos sea dura y larga, y alta, y Ilena de abismos, Amar Ia inmensidad, que es de amor encendida, Y arder em Ia fusión de nuestros pechos mismos…Rubén Darío
A MINHA PIEDADEA Bourbon e MenesesTenho
NÃO SERQuem me dera voltar à inocência Das coisas brutas, sãs, inanimadas, Despir o vão orgulho, a incoerência: – Mantos rotos de estátuas mutiladas! Ah! arrancar às carnes laceradas Seu mísero segredo de consciência! Ah! poder ser apenas florescência De astros em puras noites deslumbradas!Ser
MENDIGANa vida nada tenho e nada sou; Eu ando a mendigar pelas estradas… No silêncio das noites estreladas Caminho, sem saber para onde vou! Tinha o manto do sol… quem mo roubou?! Quem pisou minhas rosas desfolhadas?! Quem foi que sobre as ondas revoltadas A minha taça de oiro espedaçou?! Agora vou andando e mendigando, Sem que um olhar dos mundos infinitos Veja passar o verme, rastejando…Ah, quem me dera ser como os chacais Uivando os brados, rouquejando os gritos Na solidão dos ermos matagais!…SUPREMO ENLEIOQuanta
Quem fez ao sapo o leito carmesim De rosas desfolhadas à noitinha? E quem vestiu de monja a andorinha, E perfumou as sombras do jardim? Quem cinzelou estrelas no jasmim? Quem deu esses cabelos de rainha Ao girassol? Quem fez o mar? E a minha Alma a sangrar? Quem me criou a mim? Quem fez os homens e deu vida aos lobos? Santa Teresa em místicos arroubos? Os monstros? E os profetas? E o luar? Quem nos deu asas para andar de rastros? Quem nos deu olhos para ver os astros – Sem nos dar braços para os alcançar?!…IN MEMORIAMAo meu morto querido
CHARNECA EM FLOREnche o meu peito, num encanto mago, O frémito das coisas dolorosas… Sob as urzes queimadas nascem rosas… Nos meus olhos as lágrimas apago… Anseio! Asas abertas! O que trago Em mim? Eu oiço bocas silenciosas Murmurar-me as palavras misteriosas Que perturbam meu ser como um afago! E nesta febre ansiosa que me invade, Dispo a minha mortalha, o meu burel, E, já não sou, Amor, Sóror Saudade…Olhos a
Amar, amar; amar; amar siempre y con todo El ser y con Ia tierra y con el cielo, Com lo claro dei sol y lo obscuro dei lodo. Amar por toda ciencia y amar por todo anhelo. Y cuando Ia montana de Ia vida Nos sea dura y larga, y alta, y Ilena de abismos, Amar Ia inmensidad, que es de amor encendida, Y arder em Ia fusión de nuestros pechos mismos…Rubén Darío
NÃO SERQuem me dera voltar à inocência Das coisas brutas, sãs, inanimadas, Despir o vão orgulho, a incoerência: – Mantos rotos de estátuas mutiladas! Ah! arrancar às carnes laceradas Seu mísero segredo de consciência! Ah! poder ser apenas florescência De astros em puras noites deslumbradas!Ser
A MINHA PIEDADEA Bourbon e MenesesTenho
MENDIGANa vida nada tenho e nada sou; Eu ando a mendigar pelas estradas… No silêncio das noites estreladas Caminho, sem saber para onde vou! Tinha o manto do sol… quem mo roubou?! Quem pisou minhas rosas desfolhadas?! Quem foi que sobre as ondas revoltadas A minha taça de oiro espedaçou?! Agora vou andando e mendigando, Sem que um olhar dos mundos infinitos Veja passar o verme, rastejando…Ah, quem me dera ser como os chacais Uivando os brados, rouquejando os gritos Na solidão dos ermos matagais!…SUPREMO ENLEIOQuanta