"Paulo Lins escreveu o livro morando na boca de fumo da quadra 13, comia mal, dormia mal, e perdia um amigo todo dia, era estudante universitário em meio a tudo isso, ganhava meio salário mínimo da Faperj, mas, como todo bom morador de favela, fazia a sivirologia, dava aulas e vendia roupas de mão em mão.
Inspirou, retratou de forma fiel e marcou, foi traduzido pro mundo e se espalhou.
Fez da sua arma uma caneta esferográfica que raja mais que as munições traçantes do Rio de Janeiro, traficou informação, montou enredo, pesquisou vivendo desde muito cedo.
Mas um do povo soube fazer sua parte, e eternizou os seus, contou suas histórias também, os eternizou. "
Ferréz