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    Complacência

    Por Fabio Giambiagi
    Existem 15 citações disponíveis para Complacência

    Sobre

    Um dos temas mais comentados e debatidos nas editorias de economia é o crescimento do Brasil, e as medidas para seu impulsionamento. Com atuação acadêmica e profissional no cenário econômico nacional e internacional, e sendo colaboradores regulares de publicações como o jornal Valor Econômico, os autores Fabio Giambiagi e Alexandre Schwartsman têm uma visão crítica sobre o estímulo do Governo brasileiro ao progesso sustentável do país. O livro explica porque o crescimento baseado em medidas governamentais de estímulo à demanda tende a se esgotar e mostra a necessidade de ações mais enérgicas no desenvolvimento da educação, nos investimentos em infraestrutura, na elevação da poupança doméstica e na melhora dos indicadores de produtividade. Bastante atual, contextualizada no final de 2014, a publicação traz elementos de continuidade à obra Além da euforia, com uma importante atualização de diagnóstico.
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    Citações de Complacência

    “o problema da extrema esquerda é que ela nunca esteve preocupada em ajudar os pobres, mas em prejudicar os ricos”

    Minorias organizadas, portanto, tendem sempre a ter mais peso que as maiorias desorganizadas e/ou ausentes, quando se trata de votar questões no Parlamento.

    “os protótipos da mediocridade preferem a bajulação dos ignorantes ao conselho dos sábios”.

    John F. Kennedy dizia que “a fórmula do sucesso não existe, mas a do fracasso é tentar agradar a todos”.

    Quando chega fevereiro, o governo faz o chamado “decreto de contingenciamento”, pelo qual na prática ele consagra o princípio de que o que foi aprovado não serve para nada, por não passar de um simples teto de referência: ele redefine a hipótese de receita e, de modo responsável, retorna a despesa aos níveis mais realistas previstos para a arrecadação. Qual é, então, a manchete de todos os jornais no dia seguinte? “Governo corta gasto”. Ocorre que isso corresponde ao que no jargão dos especialistas se chama de “corte de vento”, ou seja, de algo que nunca existiu.

    Não se esqueça do seguinte: o Brasil não gosta do sistema capitalista. Os congressistas não gostam do capitalismo, os jornalistas não gostam do capitalismo, os universitários não gostam do capitalismo. (…) Gostam do Estado, gostam de intervenção, do controle, do controle do câmbio. (…) O ideal, o pressuposto, que está por trás das cabeças, é um regime não capitalista e isolado, com Estado forte e bem-estar social amplo.

    A verdade é que, durante a fase de bonança mundial, o país fez menos do que seria necessário para elevar sua taxa de crescimento sustentável. E a conta do descaso finalmente parece ter chegado: os estrangulamentos do lado da oferta impedem o crescimento mais acelerado do produto, enquanto os desequilíbrios internos (inflação) e externos (Balanço de Pagamentos) se aprofundam, restrições essas difíceis de superar no curto prazo. O erro cometido, nesse sentido, é irreversível. Poderemos nos recuperar, mas o tempo que perdemos gera uma frustração de crescimento que não poderá ser compensada.

    Na prática, se o gasto no ano t é 100, o orçamento para o ano (t+1) prevê um gasto de 140 e o governo “corta” depois para 112, a manchete é “Governo corta 20% do gasto” (28 de 140), quando na verdade há um aumento de 12%! Por isso, todo ano anuncia-se “corte, corte, corte” e quando em janeiro são divulgados os dados do ano anterior, a comprovação a posteriori é que há “aumento, aumento, aumento”.

    Não se esqueça do seguinte: o Brasil não gosta do sistema capitalista. Os congressistas não gostam do capitalismo, os jornalistas não gostam do capitalismo, os universitários não gostam do capitalismo. (…) Gostam do Estado, gostam de intervenção, do controle, do controle do câmbio. (…) O ideal, o pressuposto, que está por trás das cabeças, é um regime não capitalista e isolado, com Estado forte e bem-estar social amplo.3

    O exercício da administração pública envolve critérios de avaliação diferentes de outras profissões. Se um médico incorrer em alguma “barbeiragem” ao lidar com um paciente, seu nível de (in)competência poderá ser notado imediatamente. Um remédio mal receitado levará rapidamente o paciente a perceber que não está em boas mãos. Já quem toma decisões de governo, muitas vezes, é julgado favoravelmente pelos seus contemporâneos, mas suas decisões podem não ser as melhores – podendo até mesmo se revelar catastróficas – quando seus efeitos são considerados numa perspectiva de longo prazo.

    Dizia Lula, em pronunciamento em cadeia nacional no dia 6 de setembro de 2009, em comemoração antecipada do Dia da Independência: É comum que o 7 de setembro sirva para a gente enaltecer o passado e pensar o presente. Desta vez é diferente: este é o 7 de setembro do Brasil festejar o futuro. De celebrar uma nova independência. Esta nova independência tem nome, forma e conteúdo. Seu nome é pré-sal; seu conteúdo são as gigantescas jazidas de petróleo e gás descobertas nas profundezas do nosso mar; sua forma é o conjunto de projetos de lei que enviamos, há poucos dias, ao Congresso Nacional. E que vai garantir que esta riqueza seja corretamente utilizada para o bem do Brasil e de todos os brasileiros. Como no pré-sal os possíveis sócios terão poucos riscos, eles não podem ficar com a parte da renda. Ela tem que ser do povo. Eis aí, em apenas um parágrafo, a síntese de todos os equívocos: a ideia de que o petróleo garantiria a “independência do Brasil”; a percepção de que com isso o Brasil daria um salto; a noção subliminar de que com isso o futuro envolveria menos sacrifícios “para o povo”; e a crença de que extrair petróleo localizado a milhares de metros nas profundezas do mar envolve “poucos riscos”.

    como dizia Thomas Macauley, historiador inglês do século XIX, em matéria de retórica, “o objetivo da oratória não é a verdade, mas a persuasão”.

    discorrendo acerca da necessidade de as leis serem precisas, o filólogo Celso Cunha disse que “a clareza é a cortesia do legislador para com seu povo”.

    o absurdo que é o fato de o Brasil ter um desemprego inferior à metade do que era em 2003 e gastar muito mais com despesas de seguro-desemprego. Isso per se denota uma ineficiência fora de série na utilização dos recursos públicos e

    Cláudio Moura Castro, conhecido pensador, militante da temática educacional entre algumas das suas obsessões, escreveu que “os intelectuais e formadores de opinião têm a obrigação moral de dizer o que pensam, não o que traz os aplausos fáceis da plateia. Pode-se mesmo dizer que a impopularidade é um imperativo moral”.

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