A escritora e historiadora Mary Del Priore, autora de O Príncipe Maldito, lança luz sobre mais uma fascinante e pouco conhecida personagem da história do Brasil.
Luísa Margarida Portugal e Barros, a Condessa de Barral, manteve durante trinta anos um relacionamento lendário com o imperador do Brasil, d. Pedro II, ocupante do trono brasileiro entre 1840 e 1889. Porém, muito mais do que uma simples amante, esta filha de um senhor de engenhos apaixonado pelas letras foi uma das figuras femininas mais originais e interessantes de seu tempo.
Na sua época, a maioria das mulheres vivia como mera sombra dos homens. Barral, no entanto, sempre deu de ombros para esta regra, e para muitas outras. Seu pai prometeu sua mão para um amigo de infância, mas ela ignorou o acordo e se casou com o homem que escolheu. Mais tarde, quando se deparou com o grande amor da sua vida, d. Pedro II, continuou a surpreender a todos.
Mesmo casada, estabeleceu um relacionamento de décadas com o monarca. E valendo-se da proximidade com o imperador, mandou e desmandou, atraindo inveja e raiva.
Segundo Mary Del Priore, d. Pedro se apaixonou por Barral não só pela sua personalidade. Os dois se viam como almas gêmeas, porque encaravam o amor do mesmo jeito: uma amizade com finas sintonias emocionais e intelectuais.
Para escrever Condessa de Barral, Mary Del Priore pesquisou cartas e diários pouco conhecidos — alguns deles até inéditos —, os costumes e até mesmo as referências ao vocabulário da época.
“Minha intenção não foi romancear a história, apenas busquei inspiração na literatura para compor minha narrativa. Neste caso, para revelar a paixão do homem pela mulher, não do imperador pela condessa”, explica a escritora.
Condessa de Barral
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