Contos sem pretensão de Guimarães Júnior.
"Estamos no Jordão. O Jordão dista do Recife, capital de Pernambuco, quatro léguas, pouco mais ou menos meia hora de vagão... que não desencarrilhe antes de lá chegar; está visto.
É um lugarejo pobre e formoso como as feiticeiras matutas do norte, que fazem brilhar, através do tosco lenço, a alvura de um seio adorável, e metem em brutais tamancos um par de pés, dignos de herdar o sapatinho da Borralheira.
O nome não é propriamente do lugar: é do pequeno rio que o atravessa em parte, um rio cheio de sombras, quietação e aromas selvagens, como aquele de que o louro S. João tirou as gotas santas com que batizou o Divino Cordeiro."
"Estamos no Jordão. O Jordão dista do Recife, capital de Pernambuco, quatro léguas, pouco mais ou menos meia hora de vagão... que não desencarrilhe antes de lá chegar; está visto.
É um lugarejo pobre e formoso como as feiticeiras matutas do norte, que fazem brilhar, através do tosco lenço, a alvura de um seio adorável, e metem em brutais tamancos um par de pés, dignos de herdar o sapatinho da Borralheira.
O nome não é propriamente do lugar: é do pequeno rio que o atravessa em parte, um rio cheio de sombras, quietação e aromas selvagens, como aquele de que o louro S. João tirou as gotas santas com que batizou o Divino Cordeiro."