Contraponto
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Eis por que a arte nos comove — precisamente porque está depurada de todas as impurezas da vida real.
À distância, teoricamente, a pureza, a bondade e a espiritualidade refinada são coisas admiráveis. Mas de perto e na prática são menos atraentes.
Algo que tinha sido uma célula única, um grupo de células, um saquinho de tecidos, uma espécie de verme, um peixe em potência, com guelras, agitava-se-lhe no ventre e um dia viria a ser um homem — homem adulto, que sofre e goza, que ama e odeia, que pensa, que recorda, que imagina.
O amor deve justificar-se por seus resultados na intimidade do espírito e do corpo, no calor, no contato terno, no prazer. Se precisa ser justificado por uma razão exterior, revela com isso ser uma coisa sem justificação.
o silêncio está cheio de espírito e sabedoria em potência, assim como o mármore não trabalhado está cheio de grandes esculturas.
o silêncio está cheio de espírito e sabedoria em potência, assim como o mármore não trabalhado está cheio de grandes esculturas. Os silenciosos nunca depõem contra si mesmos.
Os silenciosos nunca depõem contra si mesmos.
Mas o amor não floresce numa atmosfera que infunde ao que ama uma repugnância incoercível.
A vida intelectual é um brinquedo de criança; eis por que os intelectuais têm uma tendência para voltar à infância, para cair em seguida na imbecilidade, e finalmente, como demonstra com clareza a história política e industrial destes últimos séculos, a tornarem-se homicidas loucos e selvagens. As funções reprimidas não morrem; deterioram-se, decompõem-se, revertem ao estado primitivo. Mas enquanto isso é muito mais fácil ser criança, louco ou besta do que homem adulto harmonioso. É por isto que (entre outras razões) há tanta procura de instrução superior. A corrida para os livros e para as universidades lembra a corrida para as tavernas. Essa gente necessita afogar a consciência das dificuldades que há em viver decentemente neste grotesco mundo contemporâneo; têm necessidade de esquecer a sua deplorável insuficiência como cultivadores da arte de viver. Uns afogam suas tristezas no álcool, mas outros, ainda mais numerosos, as afogam nos livros e no diletantismo artístico; uns procuram achar o esquecimento de si mesmos na libertinagem, na dança, no cinema, no rádio; outros nas conferências e nas ocupações científicas. Os livros e as conferências são melhores para afogar as mágoas do que a bebida e a fornicação; não deixam dor de cabeça nem essa sensação desesperante do post coitum triste. Até