Conversa de Corredores, elucida a trajetória de um grupo de atletas amadores formado na década de oitenta, que procuravam encontra a verdadeira felicidade nas provas de pedestrianismo.
Gente trabalhadora que aproveitava o final do dia para treinar arduamente com o intuito de superar seus próprios limites, de uma maneira limpa. Que potencializavam suas forças apenas com um copo de caldo de cana ou um pedaço de rapadura.
Com exceção do excêntrico corredor, que trabalhava na feira e dizia ter um pé de blueberry na casa dele. E todos os dias chegavam para treinar com um punhado de frutinhas exóticas, que ele chamava de “mirtilo”.
Naquela época, as fabricantes de isotônicos estavam instituindo a bebida, de uma maneira promocional, deixavam os tambores no percurso das corridas e os atletas paravam aglomerados para se servirem, escolhendo o sabor.
Foi um tempo muito divertido, motivo para dar risada não faltava, mas com a convivência diária, o treinamento se transformava numa verdadeira sessão de terapia sentimental.
Como se não bastassem as confidencias que levavam para a pista de treinamento, teriam que aturar as desculpas deslavadas dos anômalos corredores, que após uma sucessão de maus resultados, colocava a culpa no resfriado.
Depois de três décadas, o que ficou na memória são os momentos divertidos, uma vez que a competição se restringia ao grupo e nós sabíamos quem eram os furadores de corridas.
No dia a dia surgia todo tipo de lengalenga dos corredores, que traziam no peito a dor de seus desamores.
Um personagem dessa hilariante história teve as entranhas da sua psique totalmente invadida por uma confusão mental, num misto de desejo, paixão e loucura, evoluindo para um mal tão grande, que achávamos que não tinha mais cura. Permanecendo preso ao seu claustro interior, alimentando a fervura da sua angústia, se escondendo atrás de suas mazelas. Magoado o rapaz passou a viver isolado, correndo sozinho sem camisa pelas ruas da cidade, usando sempre o mesmo calção lilás.
Gente trabalhadora que aproveitava o final do dia para treinar arduamente com o intuito de superar seus próprios limites, de uma maneira limpa. Que potencializavam suas forças apenas com um copo de caldo de cana ou um pedaço de rapadura.
Com exceção do excêntrico corredor, que trabalhava na feira e dizia ter um pé de blueberry na casa dele. E todos os dias chegavam para treinar com um punhado de frutinhas exóticas, que ele chamava de “mirtilo”.
Naquela época, as fabricantes de isotônicos estavam instituindo a bebida, de uma maneira promocional, deixavam os tambores no percurso das corridas e os atletas paravam aglomerados para se servirem, escolhendo o sabor.
Foi um tempo muito divertido, motivo para dar risada não faltava, mas com a convivência diária, o treinamento se transformava numa verdadeira sessão de terapia sentimental.
Como se não bastassem as confidencias que levavam para a pista de treinamento, teriam que aturar as desculpas deslavadas dos anômalos corredores, que após uma sucessão de maus resultados, colocava a culpa no resfriado.
Depois de três décadas, o que ficou na memória são os momentos divertidos, uma vez que a competição se restringia ao grupo e nós sabíamos quem eram os furadores de corridas.
No dia a dia surgia todo tipo de lengalenga dos corredores, que traziam no peito a dor de seus desamores.
Um personagem dessa hilariante história teve as entranhas da sua psique totalmente invadida por uma confusão mental, num misto de desejo, paixão e loucura, evoluindo para um mal tão grande, que achávamos que não tinha mais cura. Permanecendo preso ao seu claustro interior, alimentando a fervura da sua angústia, se escondendo atrás de suas mazelas. Magoado o rapaz passou a viver isolado, correndo sozinho sem camisa pelas ruas da cidade, usando sempre o mesmo calção lilás.
