Em 'Crítica da Razão Teatral', Alessandra Vannucci realiza um trabalho de recuperação que nos devolve, senão a voz, pelo menos a escritura de uma participação que deixou marca sensível e fecunda no chamado período da 'renovação' do teatro brasileiro e de sua modernização. Ruggero Jaccobi é um diretor, dramaturgo, professor, teórico e crítico italiano, que, no pós-Segunda Guerra Mundial, fixou-se por longo tempo no Brasil e, com sua atuação intelectual e artística, contribuiu decisivamente para o aggiornamento do debate e das realizações que caracterizaram aquele período transformador em nossa cena. Tendo como interlocutores os principais promotores deste processo estético, cênico, dramatúrgico e, na mesma medida, sociocultural, a inteligência e erudição, para não mencionar a extraordinária verve retórica, proporcionaram a esta presença, desde logo, um lugar à parte, de proeminência, nesse encontro fecundo, tumultuado e, por vezes, até caótico, de idéias, tendências, interpretações, realizações e desempenhos, que constituíram a messe, hoje histórica, do teatro do fim dos anos de 1940 até o fim dos anos de 1960. O melhor testemunho, e que abona plenamente essa inserção e se faz hoje o seu melhor garante, é justamente o conjunto de ensaios e artigos que se encontram reunidos e voltam a propor, ao lado de seu valor histórico de documentos de época, o largo espectro de suas implicações no terreno do pensamento e da feitura da arte do teatro no Brasil.
Critica da razao teatral
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