?Saudade é um poço sem água, que a gente esquece que tá
interditado. Todo dia acordamos a imaginar o sabor e o frescor
de um copo fresquinho de água da bica, corremos até o balde,
jogamos naquele buraco e esperamos o som de mergulho.
Nada. Apenas um baque oco e sem vida. Damos uma olhada
e lá está o balde, jogado numa poça dentro do poço. Quase
nada de água e quase tudo de sede. Vamos nos resignar e
esperar a chuva cair, uma tempestade que abasteça a água
que nos falta e mate a sede que nos mata. E depois de morta,
vamos esperar que ela volte, ressucitada e cada vez mais
forte. Até que ela leve a gente.?
interditado. Todo dia acordamos a imaginar o sabor e o frescor
de um copo fresquinho de água da bica, corremos até o balde,
jogamos naquele buraco e esperamos o som de mergulho.
Nada. Apenas um baque oco e sem vida. Damos uma olhada
e lá está o balde, jogado numa poça dentro do poço. Quase
nada de água e quase tudo de sede. Vamos nos resignar e
esperar a chuva cair, uma tempestade que abasteça a água
que nos falta e mate a sede que nos mata. E depois de morta,
vamos esperar que ela volte, ressucitada e cada vez mais
forte. Até que ela leve a gente.?