As termas da Curia, que foram até 1900 um descampado de terrenos agrícolas, formaram-se, num rompante de iniciativa privada, no primeiro terço do século XX. Há muitas razões para nos interessarmos por esta estância localizada a trinta quilómetros de Coimbra. Um visitante encontra na Curia edifícios de Jaime Inácio dos Santos, Rafael de Melo, Norte Júnior, Raul Martins, Cottinelli Telmo e Cassiano Branco; um amplo lago artificial, por assim dizer naturalizado; jardins projectados por Jacinto de Matos; o Palace Hotel, que chegou a ser o maior de Portugal, foi local de acolhimento de refugiados na II Guerra Mundial e tem sido cenário de filmes; personagens fundamentais da indústria turística, como Conrad Wissmann e Alexandre de Almeida; e, entre outros aspectos, sinais de uma prática desportiva digna de nota, relacionada sobretudo com o ténis e o ciclismo. Fugindo da tensão política espanhola, instalou-se na Curia, entre 1932 e 1936, o Colégio de San José e do Apóstolo Santiago, de Valladolid. Os anos da II Guerra Mundial ficaram marcados pela pesença de muitos refugiados, entre os quais se conta uma forte comunidade polaca e a família Weiss, de Budapeste, detentora do maior grupo industrial húngaro, em grande parte constituído por fábricas de armamento. O jornalista e escritor austríaco Friedrich Torberg deixou breves impressões da sua passagem pela Curia. Contém 126 ilustrações.
Cronologia das Termas da Curia: Das origens a 1950
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