Durante a guerra civil dos Estados Unidos da América, fundou-se na cidade de Baltimore, um novo clube privado, muito influente, em que uma condição sine qua non era imposta a todos aqueles que quisessem filiar-se: ter imaginado ou pelo menos ter aperfeiçoado uma arma, qualquer arma de fogo. Este era o Clube do Canhão!
O ócio resultante da paz veio mergulhar os membros do Clube do Canhão em uma lamentável inatividade, chegando-se a ansiar pelo reatamento das hostilidades, mas essa era agora uma esperança vã. Impunha-se definir um novo objetivo que permitisse novamente mobilizar o engenho e a paixão dos membros do clube pelo desenvolvimento da balística.
Assim sendo, foi anunciado pelo presidente do Clube do Canhão, Barbicane, o seguinte projeto: sabendo que qualquer projétil dotado de uma velocidade inicial de doze jardas por segundo, e dirigido para ela, chegará necessariamente até lá, restava aos membros do clube construir um canhão com poder e dimensão suficientes para chegar... à Lua! A proposta foi acolhida com clamores entusiastas e em completa euforia, não apenas no clube, mas por todo o mundo! Um aventureiro francês de modos extravagantes, Michel Ardan, une-se à empreeitada e propõe que o projétil seja tripulado, se apresentando como candidato a "astronauta". Depois desta surpreendente proposta, dois dos membros do Clube do Canhão também embarcam nesta empreitada, Barbicane e seu até então inimigo e concorrente, o capitão Nicholl.
A partir desse momento, Jules Verne irá descrever detalhadamente os preparativos e os pormenores de engenharia do maior empreendimento de todos os tempos. Adotando técnicas literárias similares aos dos escritores realistas franceses da metade do século XIX, Verne incluía dados cuidadosamente preparados sobre mecânica, geografia, química e física providenciando assim um ?background? plausível aos seus romances. A combinação entre a plausibilidade e a especulação criada por Verne convencia seus leitores de que uma viagem à Lua ou um submarino com os mais ?modernos? recursos não era apenas uma fantasia, mas sim uma possibilidade cientifica. De forma otimista, sobretudo em seus primeiros romances, Verne estimava os efeitos dos avanços da pesquisa e da ciência sobre a sociedade, mesmo que por diversas vezes incluísse um pouco de sátira e crítica social em seus relatos. No caso específico de «DA TERRA À LUA», publicado em 1865 e um dos marcos na reconhecida bibliografia do escritor, o projeto de Barbicane e de Ardan continua firmemente, apesar das dificuldades técnicas iniciais, gerando mudanças positivas nos Estados Unidos.
Trabalhando além dos limites das instituições que se dedicavam especificamente à ciência, Barbicane e Ardan resolveram um problema após o outro com relação aos voos espaciais, valendo-se de conhecimentos científicos e tecnológicos, além de questões políticas, e provocando com isso uma evolução cultural e tecnológica significativas. Verne, ao longo da narrativa, apresenta um otimismo fundamental e uma crença no progresso como características intrínsecas dos norte-americanos e que a predisposição dos habitantes daquela nação à liberdade, praticidade, imaginação e determinação faziam dos Estados Unidos um lugar ideal para o progresso da ciência.
Depois de disparada, a bala quando se aproximava da Lua, em vez de alunissar (pousar em solo lunar), entrou em órbita do próprio satélite. Os três passageiros apenas tinham mantimentos para três meses, ficando a saga em aberto. Qual será o destino desses três aventureiros? Teriam chegado com vida à Lua e como regressariam? O futuro dos três astronautas é descrito na continuação da obra «AO REDOR DA LUA», escrita por Jules Verne quatro anos depois da primeira parte da saga, em 1869.
O ócio resultante da paz veio mergulhar os membros do Clube do Canhão em uma lamentável inatividade, chegando-se a ansiar pelo reatamento das hostilidades, mas essa era agora uma esperança vã. Impunha-se definir um novo objetivo que permitisse novamente mobilizar o engenho e a paixão dos membros do clube pelo desenvolvimento da balística.
Assim sendo, foi anunciado pelo presidente do Clube do Canhão, Barbicane, o seguinte projeto: sabendo que qualquer projétil dotado de uma velocidade inicial de doze jardas por segundo, e dirigido para ela, chegará necessariamente até lá, restava aos membros do clube construir um canhão com poder e dimensão suficientes para chegar... à Lua! A proposta foi acolhida com clamores entusiastas e em completa euforia, não apenas no clube, mas por todo o mundo! Um aventureiro francês de modos extravagantes, Michel Ardan, une-se à empreeitada e propõe que o projétil seja tripulado, se apresentando como candidato a "astronauta". Depois desta surpreendente proposta, dois dos membros do Clube do Canhão também embarcam nesta empreitada, Barbicane e seu até então inimigo e concorrente, o capitão Nicholl.
A partir desse momento, Jules Verne irá descrever detalhadamente os preparativos e os pormenores de engenharia do maior empreendimento de todos os tempos. Adotando técnicas literárias similares aos dos escritores realistas franceses da metade do século XIX, Verne incluía dados cuidadosamente preparados sobre mecânica, geografia, química e física providenciando assim um ?background? plausível aos seus romances. A combinação entre a plausibilidade e a especulação criada por Verne convencia seus leitores de que uma viagem à Lua ou um submarino com os mais ?modernos? recursos não era apenas uma fantasia, mas sim uma possibilidade cientifica. De forma otimista, sobretudo em seus primeiros romances, Verne estimava os efeitos dos avanços da pesquisa e da ciência sobre a sociedade, mesmo que por diversas vezes incluísse um pouco de sátira e crítica social em seus relatos. No caso específico de «DA TERRA À LUA», publicado em 1865 e um dos marcos na reconhecida bibliografia do escritor, o projeto de Barbicane e de Ardan continua firmemente, apesar das dificuldades técnicas iniciais, gerando mudanças positivas nos Estados Unidos.
Trabalhando além dos limites das instituições que se dedicavam especificamente à ciência, Barbicane e Ardan resolveram um problema após o outro com relação aos voos espaciais, valendo-se de conhecimentos científicos e tecnológicos, além de questões políticas, e provocando com isso uma evolução cultural e tecnológica significativas. Verne, ao longo da narrativa, apresenta um otimismo fundamental e uma crença no progresso como características intrínsecas dos norte-americanos e que a predisposição dos habitantes daquela nação à liberdade, praticidade, imaginação e determinação faziam dos Estados Unidos um lugar ideal para o progresso da ciência.
Depois de disparada, a bala quando se aproximava da Lua, em vez de alunissar (pousar em solo lunar), entrou em órbita do próprio satélite. Os três passageiros apenas tinham mantimentos para três meses, ficando a saga em aberto. Qual será o destino desses três aventureiros? Teriam chegado com vida à Lua e como regressariam? O futuro dos três astronautas é descrito na continuação da obra «AO REDOR DA LUA», escrita por Jules Verne quatro anos depois da primeira parte da saga, em 1869.