As crônicas reunidas neste livro foram publicadas, semanalmente, em 'O Jornal da Estância Turística de Batatais', entre 2009 e 2010. Atendendo a um convite da jornalista proprietária, Teresa Cristina A. Riul, minha estimada amiga e ex-aluna, dispus-me a escrever, especialmente para o público leitor da cidade e região. Chamei de crônicas aos textos, porque ao produzi-los, tentei dar-lhes alguns traços do gênero que consagrou Rubem Braga, Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos, Carlos Drummond de Andrade e tantos, tantos outros que me serviram e servem de inspiração. Embora, em muitas crônicas eu tenha sido chamado a escrever, didaticamente, sobre coisas da língua tão somente, nelas busquei imprimir também a minha paixão pelo texto literário.
Escrevi em um texto acadêmico que a crônica é um gênero do discurso que
tem como característica ser datada, como se fosse para valer só para o
momento em que foi escrita. Quando, porém, se trata de um texto bem
escrito, com um posicionamento pessoal bem definido, carregado de humor,
leveza, ironia fina e cortante, aliados a uma forma artística, alicerçada em
pleno domínio dos recursos da língua, não há por que ela não se eternizar,
deixando de ser temporal, para ser lida com sabor em qualquer época.
A língua não existe para humilhar as pessoas, mas para fazê-las mais dignas e
felizes. É bom que saibamos respeitar as diferenças linguísticas na fala das
pessoas, porque a língua é bela em todas as suas variedades. Na intuição do
poeta ou na reflexão do filósofo, é ela a soberana. Na voz do cantor, na pena
do jornalista ou do escritor, é ela que brilha e seduz. Gosto muito de falar
sobre a língua portuguesa e estar de bem com ela. Com ela e com a vida!
Essa é a orientação que levo em consideração, quando escrevo os textos que
apresento agora ao meu sonhado leitor deste livro.
Juscelino Pernambuco.
Escrevi em um texto acadêmico que a crônica é um gênero do discurso que
tem como característica ser datada, como se fosse para valer só para o
momento em que foi escrita. Quando, porém, se trata de um texto bem
escrito, com um posicionamento pessoal bem definido, carregado de humor,
leveza, ironia fina e cortante, aliados a uma forma artística, alicerçada em
pleno domínio dos recursos da língua, não há por que ela não se eternizar,
deixando de ser temporal, para ser lida com sabor em qualquer época.
A língua não existe para humilhar as pessoas, mas para fazê-las mais dignas e
felizes. É bom que saibamos respeitar as diferenças linguísticas na fala das
pessoas, porque a língua é bela em todas as suas variedades. Na intuição do
poeta ou na reflexão do filósofo, é ela a soberana. Na voz do cantor, na pena
do jornalista ou do escritor, é ela que brilha e seduz. Gosto muito de falar
sobre a língua portuguesa e estar de bem com ela. Com ela e com a vida!
Essa é a orientação que levo em consideração, quando escrevo os textos que
apresento agora ao meu sonhado leitor deste livro.
Juscelino Pernambuco.