Luiz Caramaschi - De volta do caos -
Epitáfio de Satã
Jaz, aqui, Satã, para todo o sempre,
Se tanto durar a rebeldia sua.
Criado foi ele pelo Eterno Pai,
Da sempiterna Substância-Amor;
Mas, como descriou-se, ele próprio,
Por arbítrio seu, eis sua sentença:
Terá de recriar-se, por si mesmo,
Em não previsto tempo; ou isto, ou
Reduzir-se-á, para sempre, a nada.
Nem ele, pois, nem os sequazes seus
Retornarão à Celestina Pátria,
Enquanto não se desvirarem todos
De dragões, transformando-se, de novo,
Nas formas belas que possuíam antes.
Mas há esta esperança aos esforçados,
Aos valentes que se negar quiserem:
Altos Numes de esferas mais sublimes,
Inflamados do sacrossanto Amor,
Varando as trevas do Orco levarão
Socorros mil a quem quiser salvar-se,
A quem, de dragão, desejar negar-se,
Reconquistando o perdido Amor.
Epitáfio de Satã
Jaz, aqui, Satã, para todo o sempre,
Se tanto durar a rebeldia sua.
Criado foi ele pelo Eterno Pai,
Da sempiterna Substância-Amor;
Mas, como descriou-se, ele próprio,
Por arbítrio seu, eis sua sentença:
Terá de recriar-se, por si mesmo,
Em não previsto tempo; ou isto, ou
Reduzir-se-á, para sempre, a nada.
Nem ele, pois, nem os sequazes seus
Retornarão à Celestina Pátria,
Enquanto não se desvirarem todos
De dragões, transformando-se, de novo,
Nas formas belas que possuíam antes.
Mas há esta esperança aos esforçados,
Aos valentes que se negar quiserem:
Altos Numes de esferas mais sublimes,
Inflamados do sacrossanto Amor,
Varando as trevas do Orco levarão
Socorros mil a quem quiser salvar-se,
A quem, de dragão, desejar negar-se,
Reconquistando o perdido Amor.