A trajetória de vida acaba circunscrita entre o registro de nascimento e o atestado de obtido, ainda que neste conste “indigente”. Eis que é neste intervalo que se dá a vida e, nesse mesmo intervalo, é que “depois de morto, a gente existe”. E mesmo com todo o aparato tecnológico com que se pode acompanhar uma vida inteira, do nascimento a morte, ainda assim ela escapa como o que é: o inapreensível – o que a gente chama de vida interior, por exemplo, não pode ser lacrado numa lâmpada mágica, exceto se essa lâmpada for um poema e seu gênio,algum poeta.
Assim como os versos vazados numa linguagem simples, popular, coloquial, a resposta que deles se desdobra também se encontra no cotidiano.
Assim como os versos vazados numa linguagem simples, popular, coloquial, a resposta que deles se desdobra também se encontra no cotidiano.