Em seus processos de produção, distribuição e consumo, as indústrias culturais contemporâneas empregam as lógicas do capitalismo. Da América Latina à Europa, líderes da indústria do entretenimento, como os Marinho, no Brasil, Silvio Berlusconi, na Itália ou Rupert Murdoch, nos Estados Unidos, fomentam um cenário de poucas companhias mundiais difundindo cultura para amplas audiências. Neste sentido, o setor audiovisual ? e especialmente o sistema televisual, que ainda figura como a indústria cultural que possui maior alcance e representatividade entre as sociedades ?, tem sido contemplado com investimentos abissais. Seu espólio, nas últimas três décadas do século XX, caracteriza-se pela desregulamentação, transnacionalização e oligopolização. Tais fatores impulsionaram seu desenvolvimento, mantendo o pleno funcionamento das engrenagens das indústrias culturais. Paralelamente, o incremento tecnológico e a digitalização possibilitaram que atores não-hegemônicos e organizações subalternas também conquistassem novos recintos, proliferando seus conteúdos comunitários e alternativos. O livro que o leitor tem em suas mãos representa o esforço dos pesquisadores do Grupo de Pesquisa Comunicação, Economia Política e Sociedade (CEPOS), do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação (PPGCC) da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em pesquisar e analisar tais questões. Assim, os artigos que compõem a obra são resultados de investigações acadêmicas, apresentadas no 6º Seminário de Pesquisa CEPOS, sob a organização de Valério Cruz Brittos e Andres Kalikoske. A partir da macro-temática Economia Política das Indústrias Culturais: Comunicação, audiovisual e tecnologia, os membros do Grupo de Pesquisa CEPOS dedicaram-se a dissecar a cultura e suas correlações com as indústrias da comunicação.
Economia Política das Indústrias Culturais
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