O jornalista e escritor Luís Antônio Pereira nunca obteve informações substanciais acerca da vida e do paradeiro de seu pai, o engenheiro espanhol José Gonzalo Rimes. Após um telefonema recebido quase às vésperas de seu embarque para Portugal, tudo mudará de figura. Do outro lado da linha, uma até então desconhecida meia-irmã comunica o recente falecimento do pai, em Lisboa, e a existência de uma carta deixada por ele ao filho escritor.
A partir desse momento, a pesquisa sobre a vida de José Gonzalo Rimes levará Luís Antônio Pereira ao centro das paixões políticas que mobilizaram o período da ditadura militar brasileira, com seus relatos de torturas, estupros e assassinatos, com seu labirinto de nomes falsos e de amargas ressonâncias biográficas para todos os personagens envolvidos.
Eis o eixo da história escrita pelo autor das narrativas inclusas no livro “Trinca dos traídos”, que conquistou a menção especial do Premio Literario Casa de las Américas, em Cuba, e foi inserido também na seleta lista de obras literárias de leitura obrigatória para os vestibulandos da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-EDESP).
É interessante observar que uma versão condensada de “El buitrero” foi editada em Portugal, mas o referido volume não chegou a circular pelas livrarias brasileiras e se esgotou rapidamente no mercado lusitano. Aliás, a obra do autor mineiro se encontra traduzida para diversas línguas e publicada em muitos países – além da já citada terra portuguesa, Argentina, Chile, Colômbia, Espanha, EUA, França, Itália, Malta, Nicarágua, Peru, Suíça e Venezuela.
Tendo publicado diversos livros em quase quatro décadas de carreira literária, o poeta, ensaísta e contista Iacyr Anderson Freitas (nascido em 1963) obteve pelo menos uma vintena de premiações nacionais e internacionais, incluindo o 1º lugar no Prêmio Literário Nacional do PEN Clube do Brasil (Poesia) e, por duas vezes, o 1º lugar no Concurso Nacional de Literatura Cidade de Belo Horizonte (Poesia). Mais recentemente, seu livro-poema “Ar de arestas” foi finalista do Prêmio Jabuti e semifinalista do Prêmio Portugal Telecom.
Em artigo estampado no Jornal do Brasil, o poeta e escritor Fabrício Carpinejar deixou registrado: “São poucos os escritores de estilo hermafrodita, capazes de atender tanto os caprichos femininos da poesia como os masculinos da prosa, sem misturar os gêneros ou criar uma interdependência nociva entre eles. Os mineiros Luiz Ruffato e Iacyr Anderson Freitas e o gaúcho Fausto Wolff são bons exemplos contemporâneos de articulação nos dois gêneros com autonomia e discrição. Nenhum deles está fazendo prosa em versos ou versos em prosa. Suas obras acontecem em ambos os planos com suficiência salutar.”
Acerca da prosa de Iacyr Anderson Freitas, o próprio Luiz Ruffato, acima citado, escreveu na apresentação do premiado “Trinca dos traídos”: “É curioso que, num momento em que apela, uma certa linhagem de prosadores, para a linguagem neonaturalista, quase jornalística, ou até mesmo mimética, pseudorrealista, Iacyr venha se apresentar vestido numa roupagem clássica, em tudo estranha e em tudo próxima. Uma escolha na qual se percebe sua urgência em transcender o instante e buscar o que realmente interessa, a essência da arte literária.”
A partir desse momento, a pesquisa sobre a vida de José Gonzalo Rimes levará Luís Antônio Pereira ao centro das paixões políticas que mobilizaram o período da ditadura militar brasileira, com seus relatos de torturas, estupros e assassinatos, com seu labirinto de nomes falsos e de amargas ressonâncias biográficas para todos os personagens envolvidos.
Eis o eixo da história escrita pelo autor das narrativas inclusas no livro “Trinca dos traídos”, que conquistou a menção especial do Premio Literario Casa de las Américas, em Cuba, e foi inserido também na seleta lista de obras literárias de leitura obrigatória para os vestibulandos da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-EDESP).
É interessante observar que uma versão condensada de “El buitrero” foi editada em Portugal, mas o referido volume não chegou a circular pelas livrarias brasileiras e se esgotou rapidamente no mercado lusitano. Aliás, a obra do autor mineiro se encontra traduzida para diversas línguas e publicada em muitos países – além da já citada terra portuguesa, Argentina, Chile, Colômbia, Espanha, EUA, França, Itália, Malta, Nicarágua, Peru, Suíça e Venezuela.
Tendo publicado diversos livros em quase quatro décadas de carreira literária, o poeta, ensaísta e contista Iacyr Anderson Freitas (nascido em 1963) obteve pelo menos uma vintena de premiações nacionais e internacionais, incluindo o 1º lugar no Prêmio Literário Nacional do PEN Clube do Brasil (Poesia) e, por duas vezes, o 1º lugar no Concurso Nacional de Literatura Cidade de Belo Horizonte (Poesia). Mais recentemente, seu livro-poema “Ar de arestas” foi finalista do Prêmio Jabuti e semifinalista do Prêmio Portugal Telecom.
Em artigo estampado no Jornal do Brasil, o poeta e escritor Fabrício Carpinejar deixou registrado: “São poucos os escritores de estilo hermafrodita, capazes de atender tanto os caprichos femininos da poesia como os masculinos da prosa, sem misturar os gêneros ou criar uma interdependência nociva entre eles. Os mineiros Luiz Ruffato e Iacyr Anderson Freitas e o gaúcho Fausto Wolff são bons exemplos contemporâneos de articulação nos dois gêneros com autonomia e discrição. Nenhum deles está fazendo prosa em versos ou versos em prosa. Suas obras acontecem em ambos os planos com suficiência salutar.”
Acerca da prosa de Iacyr Anderson Freitas, o próprio Luiz Ruffato, acima citado, escreveu na apresentação do premiado “Trinca dos traídos”: “É curioso que, num momento em que apela, uma certa linhagem de prosadores, para a linguagem neonaturalista, quase jornalística, ou até mesmo mimética, pseudorrealista, Iacyr venha se apresentar vestido numa roupagem clássica, em tudo estranha e em tudo próxima. Uma escolha na qual se percebe sua urgência em transcender o instante e buscar o que realmente interessa, a essência da arte literária.”