a Fernando Maristany O incendio do sol-pðr exala um fumo rðxo Que Þs cousas vela a face’ A macerada flðr da solidào renasce; O seu perfume æ fria e branda magua, Bruma que jÞ foi agua’ Todo sombra e luar esvoaäa o mðcho; Uma nuvem enorme, ao longe, no poente Desvenda o coraäào que se deslumbra E abraza intimamente’ O silencio a crescer, æ onda que se espalha’ Sente-se vir o outomno; æ jÞ noitinha, orvalha’ Nos çrmos pinheiraes gemem as noitibïs E vultos de mulher, sumidos na penumbra, Passam cantando, alæm, com lagrimas na voz’ Ñ tristeza do mundo em tardes outomnaes! Longinqua dðr beijando-nos o rðsto’ Crepusculo esfumado em intimo desgðsto, Bðca da noite acçsa em frios ais’ Apariäào soturna, vaga imagem Do mçdo e do misterio’ Que solidào escura na paisagem! Tem phantasmas e cruzes, Tem ciprestes ao vento e moribundas luzes, Como se fosse um grande cemiterio. Olho em volta de mim, cheio de mçdo’ Tudo Ç morta indiferenäa, espectro mudo! Ç o Verbo original arrefecido Em fragaredos brutos convertido; Extinto Fiat Lux, cadaver que fluctua No ceu nocturno e fundo’ As almas que partiram d'este mundo Voltam na luz da lua. Sào phantasmas em neve amortalhados, Eternamente tristes e calados’ Sào sonhos esvaidos, nevoa fria, Perfis de fumo e de melancolia’ Vagas formas de imagem ilusoria Que a lua merencoria Molda em penumbra e cçra Na noite transparente de chimera
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