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    Em busca da política
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    Em busca da política

    Por Zygmunt Bauman
    Existem 6 citações disponíveis para Em busca da política

    Sobre

    O argumento central desse livro reside na idéia de que a liberdade individual só pode ser produto do trabalho coletivo, ou seja, só pode ser garantida coletivamente. Entretanto, como mostra Zygmunt Bauman, hoje rumamos para a privatização dos meios de assegurar esta liberdade - projeto que, se pretende ser um tratamento contra os males atuais, está fadado aos mais funestos resultados. Em mais um brilhante ensaio, Bauman busca tornar novamente possível a arte de traduzir os problemas pessoais em questões de ordem pública - imperativo vital e urgente para a renovação da política. Uma verdadeira investigação sobre a relação entre a estrutura do mundo atual e a maneira como nele vivemos. Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, iniciou sua carreira na Universidade de Varsóvia, onde ocupou a cátedra de sociologia geral. Em 1968 emigrou, reconstruindo sua carreira no Canadá, Estados Unidos, Austrália e Grã-Bretanha, onde em 1971 tornou-se professor titular de sociologia da Universidade de Leeds, cargo que ocupou por vinte anos.
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    Citações de Em busca da política

    A arte da política, se for democrática, é a arte de desmontar os limites à liberdade dos cidadãos; mas é também a arte da autolimitação: a de libertar os indivíduos para capacitá-los a traçar, individual e coletivamente, seus próprios limites individuais e coletivos.

    Com conhecimento, os homens e mulheres livres têm pelo menos alguma chance de exercer sua liberdade.

    O mundo contemporâneo é um recipiente cheio até a borda de medo e frustração à solta que buscam desesperadamente válvulas de escape. A vida está supersaturada de sombrias apreensões e sinistras premonições, tanto mais assustadoras por sua não especificidade, por seus contornos imprecisos e raízes ocultas.

    O problema, porém, é que as únicas comunidades que os solitários podem pensar em construir e os administradores do espaço público podem séria e responsavelmente oferecer são aquelas sobre o medo, a suspeita e o ódio. Em algum ponto do caminho, a amizade e a solidariedade, outrora importantes componentes da construção comunitária, tornaram-se inconsistentes demais, frágeis demais ou ralas demais para o objetivo.

    a liberdade individual só pode ser produto do trabalho coletivo (só pode ser assegurada e garantida coletivamente).

    as razões para ter medo persistirem e enquanto o terror que causam for sofrido na solidão. Solitários amedrontados e sem comunidade ficarão procurando uma comunidade sem medos e aqueles encarregados do espaço público inóspito continuarão a prometê-la. O problema, porém, é que as únicas comunidades que os solitários podem pensar em construir e os administradores do espaço público podem séria e responsavelmente oferecer são aquelas sobre o medo, a suspeita e o ódio. Em algum ponto do caminho, a amizade e a solidariedade, outrora importantes componentes da construção comunitária, tornaram-se inconsistentes demais, frágeis demais ou ralas demais para o objetivo. As durezas e sofrimentos contemporâneos são fragmentados e dispersos; e assim também a dissensão que eles geram. A dispersão da dissensão, a dificuldade de condensá-la e ancorá-la numa causa comum e dirigi-la contra um réu comum só torna as dores mais amargas. O mundo contemporâneo é um recipiente cheio até a borda de medo e frustração à solta que buscam desesperadamente válvulas de escape. A vida está supersaturada de sombrias apreensões e sinistras premonições, tanto mais assustadoras por sua não especificidade, por seus contornos imprecisos e raízes ocultas. Como no caso de outras soluções supersaturadas, uma partícula de poeira — um Sidney Cooke, por exemplo — basta para detonar uma violenta condensação. Vinte anos atrás (em Double Business Bind [Laço duplo], Baltimore University Press, 1978), René Girard imaginou o que teria hipoteticamente acontecido em tempos pré-sociais igualmente hipotéticos quando as divergências disseminavam-se por toda a população e disputas violentas na luta desesperada pela sobrevivência dilaceravam as comunidades ou impediam que se unissem. Tentando responder à questão, Girard apresenta uma descrição tímida e deliberadamente mitológica do “nascimento da união”. O passo decisivo, cogitou, deve ter sido a seleção de uma vítima em cujo assassinato, ao con

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