Estados Unidos e América Latina: a construção da hegemonia
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Para Huntington, os desafios à supremacia política e econômica do Ocidente e aos valores que caracterizam sua identidade cultural definem uma nova situação internacional na qual a oposição entre “o Ocidente e o resto” assume o papel central. Para ele, sete civilizações compõem o “resto”: japonesa, confuciana, islâmica, latino-americana, eslava ortodoxa, hindu e africana.
Nos países com dificuldades para superar o atraso econômico, que concentram a maioria da população mundial, a experiência do fracasso pode abrir espaço para o fortalecimento das forças políticas que atribuem à dominação ocidental a principal responsabilidade pela perda de soberania econômica e identidade cultural, desencadeando movimentos de retorno às raízes originais, de forte conteúdo antiliberal e antiocidental. Um bom exemplo disso é o fundamentalismo islâmico.
O foco da análise é a influência da política externa dos Estados Unidos na trajetória do (sub)desenvolvimento latino-americano, destacando as continuidades e as mudanças nas relações hemisféricas durante e após a guerra fria.
A globalização da competição econômica, promotora de padrões de exclusão social que atravessam as fronteiras nacionais, e a concentração do desenvolvimento em áreas geográficas
bem demarcadas, tornando cada vez mais explícitas as desigualdades regionais, poderão contribuir para gerar novas fontes de conflito entre os perdedores da ordem mundial em formação.
Entre 1987 e 1998, período que coincide com a implantação das reformas liberalizantes, a porcentagem de habitantes da América Latina vivendo com menos de 1 dólar por dia aumentou de 22% para 23,5%, passando de 91 para 110 milhões de pessoas.2