A intensa vida do pernambucano Cícero Dias (1907-2003) agora pode ser conhecida por meio de sua própria escrita. Um dos mais importantes pintores brasileiros do século XX, o pernambucano nascido em Escada, a 63 quilômetros de Recife, morreu antes de terminar suas memórias, que levam o título de Eu vi o mundo, alusão à sua obra mais famosa, Eu vi o mundo... ele começava no Recife. Também compõe a edição do livro um texto de sua companheira por mais de sessenta anos, a francesa Raymonde Dias, que preencheu muitas das lacunas deixadas pelo autor, como trechos importantes da vida de ambos em Paris, em meio à Segunda Guerra, o exílio em Lisboa e a volta à França libertada.
Com uma narrativa nem sempre linear, as memórias recuperam a infância no engenho Jundiá e a ligação com o conterrâneo Gilberto Freyre; a vida boêmia no Rio de Janeiro ao lado de Murilo Mendes, Manuel Bandeira e Villa-Lobos; a forte amizade e o debate com as principais personalidades artísticas européias da época, como Pablo Picasso e André Breton.
[Dados sobre esta edição:
Ed. eletrônica baseada na 1ª ed. impressa - Texto integral. Sem imagens.]