Quando Camilo Castelo Branco escreveu esta obra, em 1879, fervilhava-lhe no cérebro um tédio nauseado provocado pela abundante literatura bucólica do século XIX. Por isso, todo o livro é uma sátira sarcástica mas bem-disposta a esse tipo de literatura em que os personagens parecem viver no jardim do éden, rodeados de borboletas coloridas, flores campestre e passarinhos de canto melodioso. Em vez disso, CCB descreve-nos a natureza minhota pejada de moscas, porcos e estrume. Em vez dos amores perfeitos de Júlio Dinis, CCB apresenta-nos as aventuras sexuais do padre Justino, gordo e sebento ou as investidas do José Fístula nos bordeis de prostitutas baratas de Braga, onde estudava para padre.
Eusébio Macário é um boticário da região de Basto, no Minho profundo, que sabe de cor as mezinhas e remédios para todos os males. Mas é também um exemplo de sujidade, boémia saloia e devassidão.
Eusébio Macário é um boticário da região de Basto, no Minho profundo, que sabe de cor as mezinhas e remédios para todos os males. Mas é também um exemplo de sujidade, boémia saloia e devassidão.