E se o poema (...) também cita o que nos inquieta: o nascimento da filosofia que (...) continua sendo cabeça de hidra, e a arte do questionamento existencial de Shakespeare: “há mais coisas entre o céu e a terra do que posa imaginar nossa vã filosofia”.
(...)
O tempo perpassa o poema e é o poema em seu processo de fiação. É o que a gente recitando o poema mentalmente ou em voz alta, sem conseguir de pronto determinar, pressente: a passagem do tempo, que é a própria fiação e o abrupto desfiar da vida – “fia-a” e “a liquida”.
E entre a alternância e a sucessão se “fia/ A sede de amor que perpetua a vida”.
(...)
O tempo perpassa o poema e é o poema em seu processo de fiação. É o que a gente recitando o poema mentalmente ou em voz alta, sem conseguir de pronto determinar, pressente: a passagem do tempo, que é a própria fiação e o abrupto desfiar da vida – “fia-a” e “a liquida”.
E entre a alternância e a sucessão se “fia/ A sede de amor que perpetua a vida”.