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    Ficando longe do fato de já estar meio que longe de tudo

    Por David Foster Wallace
    Existem 12 citações disponíveis para Ficando longe do fato de já estar meio que longe de tudo

    Sobre

    Ficando longe do fato de já estar meio que longe de tudo reúne alguns dos mais significativos ensaios de David Foster Wallace.Embora seja mais conhecido por sua obra de ficção, que inclui, entre outros títulos, o aclamado romance Infinite Jest (1996), Wallace também foi um ensaísta e repórter brilhante, que deixou marcas no jornalismo literário e exerce hoje uma influência comparável à de Hunter S. Thompson.

    Com a proposta de fornecer uma porta de entrada ao universo literário do autor, o volume abriga três reportagens - entre elas o famoso ?texto do navio?, o relato de um cruzeiro pelo Caribe -, uma palestra sobre Kafka, uma crônica poderosa sobre o tenista Roger Federer e ?Isto é água?, o discurso de paraninfo que se difundiu como um viral inspirador pela internet.

    Na reportagem que dá título ao livro, Wallace, enviado pela Harper?s a uma feira agrícola em Illinois, se sai com uma crônica hilária sobre o estilo de vida americano. Em ?Pense na lagosta?, o autor aproveita a visita a uma feira gastronômica para refletir sobre a legitimidade ética de ferver lagostas vivas para degustá-las. Ao tratar desses e de outros temas, o autor ignora as convenções da apuração jornalística e se concentra nos detalhes mais inusitados. Humor, inteligência, inventividade e um poder de observação assombroso são as marcas desse estilo que influenciou toda uma geração de escritores.

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    Citações de Ficando longe do fato de já estar meio que longe de tudo

    Deve ser difícil sentir qualquer espécie de conexão espiritual romântica com a natureza quando se extrai dela o próprio sustento.

    Talvez o maior risco de uma educação acadêmica, e falo do meu caso, é que ela ativa uma tendência a intelectualizar as coisas além da conta, a perder-se em reflexões abstratas em vez de simplesmente prestar atenção no que se passa bem na nossa frente.

    Agora tenho 33 anos de idade e sinto que muito tempo passou e vai passando mais rápido a cada dia. Dia após dia preciso fazer todo tipo de escolhas sobre aquilo que é bom, importante e divertido, e depois preciso conviver com o confisco de todas as outras opções que essas escolhas eliminam.

    É apavorante. Mas como serei trancado pelas minhas próprias escolhas, parece inevitável — se desejo ser adulto de algum jeito, preciso fazer escolhas e lamentar eliminações e tentar viver com isso.

    os teóricos da comunicação às vezes chamam de exformação, que é uma certa quantidade de informação imprescindível omitida porém evocada na comunicação de modo a provocar uma espécie de explosão de conexões associativas no receptor.

    Agora tenho 33 anos de idade e sinto que muito tempo passou e vai passando mais rápido a cada dia. Dia após dia preciso fazer todo tipo de escolhas sobre aquilo que é bom, importante e divertido, e depois preciso conviver com o confisco de todas as outras opções que essas escolhas eliminam. E começo a perceber que à medida que o tempo ganhar ímpeto minhas escolhas vão se dar num campo mais estreito e as eliminações serão multiplicadas em ritmo exponencial até eu chegar a algum ponto de algum ramo qualquer dentre as suntuosas ramificações complexas da vida onde estarei completamente trancado e cravado num único caminho e o tempo passará voando por mim em fases de estase, atrofia e decadência até eu cair pela terceira vez, toda a luta em vão, afogado pelo tempo. É apavorante. Mas como serei trancado pelas minhas próprias escolhas, parece inevitável — se desejo ser adulto de algum jeito, preciso fazer escolhas e lamentar eliminações e tentar viver com isso.

    Meu principal interesse nas Credenciais é poder andar de graça nos brinquedos e em todo o resto.

    suínos fedem “como se a Morte em pessoa estivesse dando uma cagada”.

    A recepção por parte da crítica e do público brasileiros foi muito tímida. Lançado originalmente em 1999, após o sucesso de Infinite Jest, o livro contém alguns de seus contos mais admirados e bem realizados, entre eles “Octeto”, “A pessoa deprimida”, “Para sempre em cima”, e algumas das entrevistas fictícias

    “A ironia, embora prazerosa, tem uma função quase exclusivamente negativa”, afirma. “É crítica e destrutiva, boa para limpar o terreno. Com certeza era assim que nossos pais pós-modernos a viam. Mas é particularmente inútil quando se trata de construir alguma coisa para pôr no lugar das hipocrisias que expõe.”2 Sua crítica ao abuso da ironia estéril na literatura antecipou a disseminação do “consumo irônico” e a ascensão dessa figura retórica a discurso predominante da sociedade conectada.

    conjunto, sua não ficção elabora com humor, sofisticação intelectual e uma atenção descomunal ao detalhe os mesmos temas centrais de sua ficção, entre os quais podemos citar o narcisismo como motor da alienação moderna, o poder destrutivo da ironia alçada à condição de visão de mundo totalizante, o niilismo travestido de liberdade e inconformidade, o preço espiritual dos vícios (em especial o vício em entretenimento) e a questão do que podemos fazer para tentar fugir da prisão de nossas próprias cabeças, caso esta não seja uma batalha perdida. A

    “A ficção pode oferecer uma visão de mundo tão sombria quanto desejar, mas para ser realmente muito boa ela precisa encontrar uma maneira de, ao mesmo tempo, retratar o mundo e iluminar as possibilidades de permanecer vivo e humano dentro dele”.

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