Quem conhece o Sergio Almeida e procura lógica entre o que escreve e o que pensa, desista, pois será uma tarefa inglória e, certamente, acabará sucumbindo sem respostas. Quem tiver o desejo de identificar o que move o Sergio e buscar alguma coerência ou alguma razão no que escreve, esqueça, pois encontrará tantas respostas que vão sobrar dúvidas. O que escreve habita entre a dúvida e o momento da decisão. É neste pequeno espaço do pensamento, do inconfessável que Sergio brinca com as palavras e faz o leitor tropeçar nos pensamentos subterrâneos. O poeta desfila “pessoas esfinges” que trazem sinais do tempo, das emoções e das forças que movem os seres. A busca pelo prazer ou simplesmente pelo deserto do dia seguinte. Sergio busca nas vísceras dos seres que habitam o seu poema os elementos do mundo contemporâneo. E, ao contrário do processo de mumificação dos faraós, onde o cérebro era retirado pelo nariz, Sergio retira os versos. Prefere a frieza do vazio para mostrar o avesso. Leia e tente decifrar como Édipo desvendou os segredos da esfinge. No entanto tenha cuidado para não ser devorado pelas FILHAS DO SEGUNDO SEXO.
Filhas Do Segundo Sexo
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