Quando entramos na Capela Sistina e contemplamos maravilhados a obra-prima de Michelangelo de um ponto de vista puramente estético, alheio a qualquer conteúdo religioso ou moral, atestamos a entrada da arte na dimensão estética, que não existia antes do mundo moderno. Em linhas gerais, esse é o tema de O homem sem conteúdo, onde Agamben apresenta uma vigorosa crítica da dimensão estética da obra de arte. Em Gosto, Agamben volta ao tema, mas promovendo um giro de perspectiva. Trata-se, agora, de entender o gosto como um lugar privilegiado que permitiria mostrar a fratura entre verdade e beleza, entre conhecimento e prazer. Interessa agora o problema da beleza e do prazer (ou do gozo) que uma investigação sobre a faculdade do gosto impõe. Gostar é não apenas um modo de fruir de algo, mas também de conhecê-lo: o sabor é um modo de saber. Que o leitor possa degustar esse novo título e dele extrair um saber que goza e um prazer que conhece.
Gosto
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