Dionísio, jovem docente universitário, investindo com afinco na carreira e já na bica de surtar de tanto estresse, encontra Flora, que se diria um avatar de Deusa inconsciente das suas origens, mas preservando ainda certos dotes mais que humanos. Daí o moço se apaixona por tal semideusa e esquece tudo o mais de tanto encanto. Sim, mas... E agora, Dionísio? Como encarar esse novo universo em que aportaste? Para instruí-lo, ela o induz a certos transes onde a natureza que o homem conhece perde as referências do juízo humano. Agora é plena de numen (manitu, mana, axé...), seres de outras sintonias, tudo a perder-se em mistério, tudo envolvido em magia. Muito bem, Dionísio, mas como traduzir essa visão para o cotidiano em que tens de viver e ganhar o teu pão? Ou vais querer dar uma de maluco? Para ajudá-lo, ela o conduz até Xogum, professor aposentado que começou de modo semelhante, teve crise semelhante e afinal ficou bem. Xogum então lhe descortina o mundo das suas ideias (um tanto estranhas para o jovem professor de Metodologia, mas afirmadas no vigor de quem as vive), para lhe dar um referencial com que se orientar entre os dois modos de realidade (o ECO da Deusa e o EGO da gente), que em nossa civilização andam dissociados e incompatíveis. E lá vão eles por viagens encantadas entre o EGO e o ECO da experiência, sem questionar em que vai dar tal aventura, pois que aventura não se sabe em que vai dar (ou não seria aventura).
Grande mãe noite estrelada
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