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    Há dois mil anos

    Por Francisco Cândido Xavier
    Existem 12 citações disponíveis para Há dois mil anos

    Sobre

    A humildade do Espírito Emmanuel nos proporciona esta narrativa da existência física em que foi o orgulho senador romano Públio Lentulus e obteve designação para alto cargo na Palestina, na época em que Jesus transmitia para a Humanidade os ensinos do Seu Evangelho. Neste livro mediúnico, de Francisco Cândido Xavier, o leitor conhecerá uma nova face da História do Cristianismo no século I, do cotidiano das arrogantes e preconceituosas famílias patrícias, em contraponto com a simplicidade fraterna dos primeiros seguidores do Evangelho, assim como o comovente encontro do altivo representante de César com Jesus. Pontuada por sofrimento e alegria, esplendor e miséria, poder e escravidão, vingança e ciúmes, ódio e calúnias, crueldade e benevolência, brandura e perdão, temos s história do Senador Públio Lentulus, de sua filha e de sua amorosa esposa Lívia, convertida aos sublimes ensinamentos de Jesus, e uma das únicas pessoas que procuraram evitar a Sua crucificação.
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    Citações de Há dois mil anos

    Senhor, perdoai nossas fraquezas e vacilações nas lutas da vida humana, na qual os nossos sentimentos são bem precários e miseráveis!… Abençoai nosso esforço de cada dia e relevai as nossas faltas, se algum de nós, que aqui nos reunimos, vem à vossa presença com o coração saturado de pensamentos que não sejam os do bem e do amor que nos ensinastes!… E, se chegada é a hora dos sacrifícios, auxiliai-nos com a vossa misericórdia infinita, a fim de que não vacilemos em nossa fé, nos dolorosos momentos do testemunho!…

    Senhor, e não nos retires dos ombros a cruz luminosa e redentora, mas ajuda-nos a sentir, nos trabalhos de cada dia, a luz eterna e imensa do teu Reino de paz, de concórdia e de sabedoria, em nossa estrada de luta, de solidariedade e de esperança!…

    “Está, porém, no teu querer o aproveitá-lo agora, ou daqui a alguns milênios… Se o desdobramento da vida humana está subordinado às circunstâncias, és obrigado a considerar que elas existem de toda a natureza, cumprindo às criaturas a obrigação de exercitar o poder da vontade e do sentimento, buscando aproximar seus destinos das correntes do bem e do amor aos semelhantes.

    Tateando na sua noite, abraçou-se à cruz de Simeão, que lhe fora deixada pela crença da esposa, molhando-a com as lágrimas da sua desventura. Em meditações profundas e dolorosas, pôde então compreender que Lívia vivera para Deus e ele para César, recebendo ambos compensações diversas na estrada do destino. E enquanto o jugo de Jesus fora suave e leve para sua mulher, seu altivo coração estivera preso ao terrível jugo do mundo, sepultado nas suas dores irremediáveis, sem claridade e sem esperanças.

    Toda vez que caímos ao longo do caminho, favorecendo o mal ou praticando-o, efetuamos uma intervenção indébita na Lei de Deus, com a nossa liberdade relativa, contraindo uma dívida com o peso dos infortúnios…

    como se ainda ali enviasse Jesus um ensinamento simbólico àquelas almas prisioneiras da Terra, de modo a lhes revelar que, em qualquer posição, pode a alma encarnada buscar o seu Reino de luz e de paz, de vida e de amor, tanto na túnica humilde do escravo, como na pomposa indumentária dos senhores.

    A expiação não seria necessária no mundo, para burilamento da alma, se compreendêssemos o bem, praticando-o por atos, palavras e pensamentos.

    “Soa para teu espírito, neste momento, um minuto glorioso, se conseguires utilizar tua liberdade para que seja ele, em teu coração, doravante, um cântico de amor, de humildade e de fé, na hora indeterminável da redenção, dentro da eternidade…

    Sim, porque a mulher, símbolo do santuário do lar e da família, na sua espiritualidade, pode, muitas vezes, numa simples reflexão, devassar mistérios insondáveis dos caracteres e das almas, na tela espessa e sombria das reencarnações sucessivas e dolorosas.

    Espírito valoroso, compreendia a situação, e quem compreende perdoa sempre.

    Jesus de Nazaré é o Caminho, a Verdade e a Vida!…

    Diante da morte, todas as nossas vaidades desaparecem… nas

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