Entre os magníficos deuses olímpicos um deles era realmente muito diferente, Hefesto, sua história contada dentro da variedade da mitologia vai ser ainda mesclada com o desenrolar de uma vida humana, o deus vive por séculos como um humano vive seu século, da adolescência a maturidade, passando por toda sua agitação, seus vacilos, sua bravura, seus amores, suas tragédias, ao final um ser que valoriza acima de tudo a vida.
"Não posso controlar o que é de espírito incontrolável. Do fundo de mim, do tempo do meu início, vem crescendo, a brasa viva que se ilumina, não em luz, mas em calor. Meu peito de brasa se aquecendo. O gosto do fogo se espalha por minha boca e aroma ígneo roça minha língua. O sopro da vida que um dia entrou em mim, acendendo uma centelha, agora sai multiplicado em calor pela minha boca, num hálito vulcânico. Nenhuma luz entra em meus olhos, pois eles brilham fortemente em puro fogo. Meu estômago em ardência. O incêndio começa em meus pés e o fogo vermelho vem subindo por minha pele, minhas pernas, meu tronco, meus braços, tudo em puro fogo. Abro minhas mãos e crio tanto calor entre elas que até o ar vira um vento ígneo. Penso em Hera, minha mãe, no meu desejo de ver olhos maternos doces. E o fogo que está em tudo que sou eu, meus ossos de fogo, minhas carnes de fogo, minha pele de fogo, tudo rubro, de vermelho vão ficando cada vez mais branco. É tanta luz que sai de mim, de meu calor destrutivo, que ofusca tudo em volta. Caminho com meus passos ígneos em direção da montanha, vou penetrando na montanha, liquefazendo tudo que toco num rio de lava e assim vou até o coração da montanha, de onde tiro a enorme pedra que queria. Essa pedra parece não ser afetada pelo intenso calor que sai de mim. Mas eu posso aumentar mais e mais meu calor, calor não tem fim, penso em Hera, e vou esquentando, aumentando minha ardência, penso em Hera e minha fúria multiplica meu calor. Sou como o início de tudo, um calor que é movimento que empurra tudo para longe. Minhas mãos fortificadas pela minha fúria começam a forjar a pedra do coração da montanha. Sou um artista escultor em puro fogo. Fúria sem fim, fogo sem fim. Sinto a dor, a dor de estar sendo queimado vivo, mas resisto, por minha vontade, por Hera, por fúria."
?É uma pobreza somente sonhar. Não há comunicação para expressar uma impressão do sentir. Todos delíramos a vida sós. Somos sentimentos ilhados por vazios.?
"Não posso controlar o que é de espírito incontrolável. Do fundo de mim, do tempo do meu início, vem crescendo, a brasa viva que se ilumina, não em luz, mas em calor. Meu peito de brasa se aquecendo. O gosto do fogo se espalha por minha boca e aroma ígneo roça minha língua. O sopro da vida que um dia entrou em mim, acendendo uma centelha, agora sai multiplicado em calor pela minha boca, num hálito vulcânico. Nenhuma luz entra em meus olhos, pois eles brilham fortemente em puro fogo. Meu estômago em ardência. O incêndio começa em meus pés e o fogo vermelho vem subindo por minha pele, minhas pernas, meu tronco, meus braços, tudo em puro fogo. Abro minhas mãos e crio tanto calor entre elas que até o ar vira um vento ígneo. Penso em Hera, minha mãe, no meu desejo de ver olhos maternos doces. E o fogo que está em tudo que sou eu, meus ossos de fogo, minhas carnes de fogo, minha pele de fogo, tudo rubro, de vermelho vão ficando cada vez mais branco. É tanta luz que sai de mim, de meu calor destrutivo, que ofusca tudo em volta. Caminho com meus passos ígneos em direção da montanha, vou penetrando na montanha, liquefazendo tudo que toco num rio de lava e assim vou até o coração da montanha, de onde tiro a enorme pedra que queria. Essa pedra parece não ser afetada pelo intenso calor que sai de mim. Mas eu posso aumentar mais e mais meu calor, calor não tem fim, penso em Hera, e vou esquentando, aumentando minha ardência, penso em Hera e minha fúria multiplica meu calor. Sou como o início de tudo, um calor que é movimento que empurra tudo para longe. Minhas mãos fortificadas pela minha fúria começam a forjar a pedra do coração da montanha. Sou um artista escultor em puro fogo. Fúria sem fim, fogo sem fim. Sinto a dor, a dor de estar sendo queimado vivo, mas resisto, por minha vontade, por Hera, por fúria."
?É uma pobreza somente sonhar. Não há comunicação para expressar uma impressão do sentir. Todos delíramos a vida sós. Somos sentimentos ilhados por vazios.?
