Historia de Portugal: Tomo I
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Qual é, dos primitivos, o povo que no decurso da sua vida historica deixou de conquistar e de ser conquistado? qual é o que não ganhou ou não perdeu, de um lado ou d’outro, sobre ou para os visinhos?
Ha no genio portuguez o que quer que é de vago e fugitivo, que contrasta com a terminante affirmativa do castelhano; ha no heroismo lusitano uma nobreza que differe da furia dos nossos visinhos;
Tragica e ardente sempre, a historia hespanhola differe da portugueza que é mais propriamente epica; e as differenças da historia traduzem as dessimilhanças do caracter.
os Lusiadas são um epitaphio.
Até hoje todas as successivas tentativas para descobrir a nossa raça teem falhado. Latinos, celtas, lusitanos e afinal mosarabes, teem passado: ficam os portuguezes, cuja raça, se tal nome convém empregar, foi formada por sete seculos de historia.
Não vivemos desde 1641 sob o protectorado da Inglaterra? Não chegámos a ser positivamente uma feitoria britannica? E ainda no decurso d’esta historia o Brazil veiu, enchendo-nos de oiro, prestar-nos um ponto do apoio extra-europeu, e como que restaurar o antigo caracter do Portugal manuelino, capital europêa de um imperio ultramarino, á maneira da Hollanda.
«a Galliza, que tem comnosco de commum a lingua, que é uma continuação natural da zona geographica portugueza, podia muito melhor formar com Portugal uma nação, do que Portugal com Castella».
A perda do Brazil, reduzindo o reino á miseria, veiu mostrar a fragilidade do nosso edificio politico.
o territorio de entre o Douro e o Minho e a moderna provincia de Traz-os-Montes: a essa parte do condado da Galliza chama-se já Portucale.
Ha ou não ha uma nacionalidade portugueza? Questão absurda, assim formulada. Evidentemente ha, se nacionalidade quer dizer nação. Se por nacionalidade se entende, porém, um corpo de população ethnogenicamente homogeneo, localisado n’uma região naturalmente delimitada, insistimos em dizer que tal cousa se não dá comnosco.