ªAntigamente foi costume fazerem memoria das cousas que se faziào, assi erradas, como dos valentes & nobres feytos. Dos erros porque se delles soubessem guardar: dos valentes & nobres feytos aos bños fezessem cobiäa auer pera as semelhentes cousas faseram.º Coronica do Condestabre. A historia æ sobre tudo uma liäào moral: eis a conclusào que, a nosso vçr, sÞe de todos os eminentes progressos ultimamente realisados no fðro das sciencias sociaes. A realidade æ a melhor mestra dos costumes, a critica a melhor bussola da intelligencia: por isso a historia exige sobretudo observaäào directa das fontes primordiaes, pintura verdadeira dos sentimentos, descripäào fiel dos acontecimentos, e, ao lado d'isto, a frieza impassivel do critico, para coordenar, comparar, de um modo impessoal ou objectivo, o systema dos sentimentos geradores e dos actos positivos. O desenvolvimento do criterio racional e o predominio crescente dos processos proprios das sciencias, baniram os modelos antigos e fizeram da historia um genero novo. Nem os discursos moraes ou litterarios sobre a historia, Þ maneira do XVII{pg. VIII} seculo, nem o doutrinarismo secco do XVIII que sobre factos e instituiäñes mal conhecidos construia systemas geraes chimericos, nem a opiniào, muito seguida em nossos dias, de considerar a historia unicamente nos seus phenomenos exteriores, averiguando eruditamente as epochas e as condiäñes dos successos, merecem, a nosso vçr, imitaäào
Historia diplomatica do Brazil, O Reconhecimento do Imperio
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