(a5, 152 páginas) - Quase todo ser humano, ao atingir a sua chamada idade da razão, no encontro da vida social com outros homens e/ou mesmo simplesmente por ter sido lançado no mundo sem ter pedido e/ou sem saber a razão e nem o porquê, num determinado momento de sua existência (em alguns casos mais cedo, em outros mais tarde) tende a se fazer questionamentos relativos à “De onde vim? Onde estou? Para onde vou? Que, inexoravelmente, o levará a passar:
1- Por náuseas;
2- Por angústias;
3- Por caos existencial.
Ou seja, tende a passar por problemas existenciais, onde todos ou quase todos os seus valores essenciais são postos em xeque, sendo passíveis de mudanças e/ou de quebras, à marteladas, no sentido de Nietzsche.
Isto é, Depois das náuseas e angústias vivenciadas, imerso num estado de caos, tido este como conseqüência dessas suas inserções na vida social; tido este como conseqüência desse confronto direto com os diferentes homens e, ao mesmo tempo, com um mundo hostil que se lhe apresenta, tendo-se assim sobre si, por estes motivos, nas grandes maiorias das vezes,
1- Perdas sócio-afetivas,
2- Perdas financeiras,
3- Quebra das relações de confiança, passando-se, muitas vezes, também,
4- por doenças,
5- Mortes de entes queridos, etc.,
Resta então ao ser, a esse ser lançado inesperadamente nesse mundo, apenas três possibilidades:
1- Voltar, depois desse estado de caos, a ser ele mesmo, continuando-se a ser o mesmo eu, sem realizar mudanças essenciais em si;
2- Tornar-se patológico, passando a ser considerado, por muitos, como alguém que, devido aos grandes problemas existenciais, ficou louco. Isto é, não conseguiu reorganizar-se mentalmente e/ou voltar a si;
3- Ou, numa outra via qualitativa, transcender: ou seja, construir novos sentidos para a sua existência, tornando-a melhor e/ou mais significativa do que, até então, era ou tinha sido, antes de passar por esses estados de náuseas, angústias e caos existencial.
Em outras palavras, sintetizando, na primeira, o ser não evolui: “quer ser ele mesmo”; “quer continuar a ser o mesmo”; “quer continuar a ser o eu que sempre foi”, ou seja, voltar a sua vida “dita normal”, como se nada de grave lhe tivesse ocorrido, almejando-se, o mais breve possível, esquecer-se de tudo o que vivenciou.
Na segunda, o ser perde a lógica da razão, aprisiona-se, patologicamente, no seu mundo próprio, agora imerso de caos e, ainda que conscientemente, sem forças para se reerguer, se superar, “abdica da tarefa de viver”; “abdica da resolução dos seus problemas existenciais mais profundos” e, à revelia de si, fora da sua consciência e/ou da sua capacidade de superação, “opta pelo abandono de si mesmo”.
Na terceira, todavia, o ser desenvolve a capacidade transcender, isto é, ele passa a criar e/ou dar um sentido Macro para a sua própria existência, para a realidade em que vive, transformando-a ao se transformar, renovando-se e renovando-a pela renovação do seu entendimento sobre o que vale e o que não vale apena ser vivido, elegendo-se, assim, para si, de forma intencional/deliberada, somente os valores que, agora, possam ser, para si, realmente dignos da sua existência.
Em outras palavras, conceituando:
A esse coletivo de capacidades, competências e/ou habilidades (sejam de que naturezas ou áreas do conhecimento forem), que fazem com que os seres, por meio deles, consigam superarem e/ou suportarem as suas náuseas, angústias e/ou caos existenciais sem, todavia, terem os seus “Eus” destruídos e/ou dissolvidos na massa humana, e que poucos homens conseguem desenvolver a favor de si, tornando-se capazes também, a partir daí, de darem um real sentido próprio para suas existências, construindo suas identidades, chamar-se-á, aqui, frise-se, de “Inteligência Transcendental”.
INTELIGÊNCIA TRANSCENDENTAL
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