Se você é como a maioria das pessoas, sabe que Nelson Mandela passou 27 anos preso e foi o líder da luta conta o apartheid na África do Sul. Sabe também que ele ganhou o Prêmio Nobel da Paz e chegou à presidência nas primeiras eleições livres de seu país. Mas não deve saber nada sobre a Copa do Mundo de Rúgbi de 1995.
Em Invictus - Conquistando o inimigo, o jornalista John Carlin narra aquela que talvez seja a passagem política mais bem-sucedida de nossa geração. Parafraseando Garibaldi após a unificação da Itália, as eleições de 1994 tinham criado uma nova África do Sul, mas restava o desafio de criar os sul-africanos. Em busca de uma causa capaz de unir brancos e negros, Mandela concordou em sediar a Copa do Mundo de Rúgbi.
A escolha desse esporte parecia absurda. Por décadas, o rúgbi fora um símbolo do apartheid. Dessa forma, mais improvável que ganhar a Copa era o Springboks - o time nacional - conquistar o coração dos negros.
Mandela precisava que o povo acreditasse no slogan 'um time, um país'. Ele teve de fazer os negros verem os jogadores como 'nossos rapazes' e assegurar aos brancos que eles tinham um lugar de direito na nova nação. Para isso, mostrou-se um líder carismático e flexível, capaz de conter seus aliados e seduzir seus adversários.
O que aconteceu no estádio no dia da final foi uma grande glória: perdão, libertação e celebração. O tipo de coisa que acontece quando pessoas que conheciam apenas o ódio e o medo se libertam do fardo da história e superam suas diferenças. Se ganhou a Copa do Mundo? O que a África do Sul consquistou naquele dia foi muito mais que isso.
Em Invictus - Conquistando o inimigo, o jornalista John Carlin narra aquela que talvez seja a passagem política mais bem-sucedida de nossa geração. Parafraseando Garibaldi após a unificação da Itália, as eleições de 1994 tinham criado uma nova África do Sul, mas restava o desafio de criar os sul-africanos. Em busca de uma causa capaz de unir brancos e negros, Mandela concordou em sediar a Copa do Mundo de Rúgbi.
A escolha desse esporte parecia absurda. Por décadas, o rúgbi fora um símbolo do apartheid. Dessa forma, mais improvável que ganhar a Copa era o Springboks - o time nacional - conquistar o coração dos negros.
Mandela precisava que o povo acreditasse no slogan 'um time, um país'. Ele teve de fazer os negros verem os jogadores como 'nossos rapazes' e assegurar aos brancos que eles tinham um lugar de direito na nova nação. Para isso, mostrou-se um líder carismático e flexível, capaz de conter seus aliados e seduzir seus adversários.
O que aconteceu no estádio no dia da final foi uma grande glória: perdão, libertação e celebração. O tipo de coisa que acontece quando pessoas que conheciam apenas o ódio e o medo se libertam do fardo da história e superam suas diferenças. Se ganhou a Copa do Mundo? O que a África do Sul consquistou naquele dia foi muito mais que isso.