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    Isolda Cresta

    Por Silva, Americo Luis Martins da

    Sobre

    Há atrizes que se tornam lenda entre seus próprios colegas. Mesmo que não sejam populares em telenovelas, elas conquistam o respeito por seus trabalhos, sem concessões, e suas corajosas posturas políticas. Isolda Cresta é um desses casos. Estreou no teatro profissional em 1960 pelas mãos de Ziembinski, depois de estudar interpretação na Fundação Brasileira de Teatro de Dulcina de Moraes. Sua área de atuação concentrou-se no teatro, onde apareceu em 47 peças, além de 10 novelas e 9 filmes. Foi premiada duas vezes, em 1965 como a melhor atriz coadjuvante do ano pela criação de Stella, de Um Bonde Chamado Desejo, e em 1973 com o prêmio Governador do Estado pela montagem de Botequim, de Guarnieri. Entre seus principais trabalhos no palco destacam-se também Ratos e Homens (1962) de John Steinbeck, O Avarento (1968) de Molière, Gota D?Água (1975) de Chico Buarque e Paulo Pontes, Noites Brancas (1982) de Dostoievski, e Dorothea (1992) de Nelson Rodrigues. Depois de ter sido presa pelo Dops em 1965, ao ler manifesto durante a temporada de Electra, de Sófocles, seu nome ficou ligado à militância política, quando teve intensa participação junto à classe teatral, interferindo diretamente contra a censura e a favor da redemocratização nas artes. Filiou-se ao MR8 e à Aliança de Liberdade Nacional (ALN), de Carlos Marighella, escondendo guerrilheiros e articulando ações junto aos aparelhos dos militantes. Colaborou com a Anistia Internacional, mantendo o órgão informado dos desaparecidos, e esteve presente na passeata dos 100 mil, em 1968, ao lado de Oduvaldo Viana Filho, o Vianinha, então seu namorado. Isolda nasceu em São Paulo, mudou-se para o Rio de Janeiro ainda criança, onde desenvolveu sua carreira de atriz, e onde veio a falecer em abril de 2009, pouco antes de completar 80 anos. Sua lendária historia é contada pelo amigo Luis Sergio Lima e Silva que também escreveu o livro de Isabel Ribeiro para a Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial do Estado, do qual este é mais um lançamento, na sua proposta de resgate e registro da memória da cultura no Brasil.
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