O que você seria capaz de fazer para conquistar seu grande amor? A maioria das pessoas provavelmente pensaria em comprar flores ou chocolates. Uma ou outra apostaria em um jantar a dois ou numa declaração de amor escrita num papel perfumado. Mas encolher-se quanticamente a ponto de entrar na corrente sanguínea do ser amado para ter a chance de convencer os neurônios dele a se apaixonarem por você – essa ideia só poderia sair da cabeça de um gênio de 13 anos como Lenny Cyrus.
Com QI demais e traquejo social de menos, o personagem criado por Joe Schreiber é o protagonista de Lenny Cyrus, o supervírus, lançamento infantojuvenil da Globo Livros. Filho de dois vencedores do Prêmio Nobel e dotado de uma inteligência acima do normal, Lenny coloca toda sua mente para funcionar para conseguir entrar na cabeça e no coração da menina por quem é apaixonado, Zooey Andrews, uma descolada colega de escola que parece não notar sua existência. A única pessoa com quem Lenny divide seu segredo é o melhor amigo, Harlan.
Mas nem mesmo o bom senso de Harlan consegue refrear a capacidade imaginativa de Lenny, que descobre uma forma de reduzir seu tamanho ao de um vírus e de entrar no corpo de Zooey para tentar contar à menina sobre seu amor – não sem antes passar por uma incrível aventura pelo sistema circulatório da garota, fazer amizade com algumas células do seu corpo, cair na farra com seus hormônios e, finalmente, se dirigir ao cérebro com a missão de declarar seus sentimentos. Tudo, claro, sem esquecer de um importante detalhe: o garoto precisa cumprir todo seu itinerário em algumas horas, antes que seu corpo volte ao tamanho normal. Encerrado esse limite, se ele ainda estiver dentro do organismo de Zooey, será o fim de ambos.
Inspirado nos filmes Viagem Insólita (1987) e Querida, encolhi as crianças (1989), Lenny Cyrus, o supervírus conta a história alternando os pontos de vista de Zooey, Harlan e do próprio Lenny, que lidam não apenas com paixões não correspondidas, mas com ciúmes, expectativas, relacionamentos complicados com os pais e com os colegas mais valentões, e com outros de dramas típicos da adolescência.
Lenny Cyrus, o supervírus
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