Liberalismo
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O liberalismo não visa a criar qualquer outra coisa, a não ser as precondições externas para o desenvolvimento da vida interior.
É esta a função que a doutrina liberal atribui ao estado: a proteção à propriedade, a liberdade e a paz.
Não é pelo desdém aos bens espirituais que o liberalismo se concentra, exclusivamente, no bem-estar material do homem, mas pela convicção de que o que é mais alto e profundo no homem não pode ser tocado por qualquer tipo de regulação externa.
Uma ação racional se distingue de uma ação irracional pelo fato de envolver sacrifícios provisórios.
a raiz da oposição ao liberalismo não pode ser compreendida lançando-se mão do método da razão. Tal oposição não se origina da razão, mas de uma atitude mental patológica – isto é, do ressentimento e de uma condição neurastênica que se poderia chamar de “complexo de Fourier”, assim denominado em razão do socialista francês do mesmo nome. No que se refere ao ressentimento e a malevolência invejosa, pouco se tem a dizer. O ressentimento ocorre quando alguém odeia tanto uma outra pessoa, por esta encontrar-se em circunstâncias mais favoráveis, que este alguém até mesmo se prepara para suportar pesadas perdas, se a pessoa odiada ao menos pudesse também se prejudicar. Muitos dos que atacam o capitalismo sabem muito bem que sua situação, sob qualquer outro sistema econômico, seria menos favorável. Não obstante, com pleno conhecimento deste fato, defendem uma reforma, isto é, o socialismo, porque anseiam que o rico, a quem invejam, também sofra com isso. De tempos em tempos, ouvimos socialistas dizerem que mesmo a carência material será mais facilmente suportável em uma sociedade socialista, porque as pessoas compreenderão que ninguém é melhor do que outro.
O liberalismo clássico defende a liberdade individual, a propriedade privada, o livre comércio e a paz — os princípios fundamentais dos quais todo o resto do programa liberal pode ser deduzido.
Sem dúvida, pode-se simultaneamente prometer à população das cidades pão mais barato e preços mais altos do trigo aos fazendeiros, mas não se podem manter as mesmas promessas simultaneamente. É muito fácil prometer a um grupo que será possível suportar aumentos de certos gastos do governo, sem uma correspondente redução de outras despesas e, ao mesmo tempo, manter para um outro grupo a perspectiva de impostos mais baixos. Mas não se podem fazer tais promessas ao mesmo tempo. A técnica desses partidos baseia-se na divisão da sociedade entre produtores e consumidores. São, também, habituados a utilizar-se da usual hipóstase do estado, em questões de política fiscal, que lhes possibilita defender novos gastos a serem cobertos pelo tesouro público, sem qualquer preocupação, de sua parte, de como essas despesas deverão ser custeadas e, ao mesmo tempo, reclamar sobre a pesada carga tributária.
O neurótico não pode suportar a vida real. A vida lhe é muito crua, muito dura, bastante rotineira. Para torná-la suportável, o neurótico não tem, como o homem saudável, força para “prosseguir, a despeito de tudo”. Isto não combinaria com sua fraqueza. Em vez disso, busca refúgio numa ilusão. A ilusão, segundo Freud, é “ela própria algo desejado, um tipo de consolação”. Caracteriza-se por sua “resistência a agir pela lógica e pela realidade”. Por conseguinte, de nada adianta procurar convencer o paciente de sua ilusão, por meio da demonstração conclusiva de seu absurdo. Para que possa recuperar-se, o próprio paciente deve suplantá-la. Ele deve procurar entender por que não deseja encarar a realidade e por que se refugia nas ilusões.