O psicoterapeuta Flávio Gikovate está acostumado a ouvir. E a dar sua opinião, sempre gentil, nem sempre melodiosa aos ouvidos de quem pergunta. Quase sempre, com o intuito de não perder a objetividade de vista, ele bate firme em assuntos delicados, como traição. O livro 'No Divã do Gikovate' traz centenas de questões que tanto incomodam o ouvinte e respostas diretas, que levam à compreensão do problema. São oito capítulos, divididos por temas: ciúme, inveja e vaidade, paixão e amor, relacionamentos afetivos, problemas na relação a dois, sexo, traição e distúrbios mentais. Gikovate diz que o ciumento é aquela pessoa que fantasia, ?vê histórias onde não existe?. Para ele, ciúme não é prova de amor, mas de insegurança de quem ama. E, com sua experiência clínica, classifica dois tipos de ciúme: o sentimental, que faz alguém querer ser exclusivo na vida do outro, e o sexual, que provoca medo de ser trocado pelo parceiro. No capítulo A mente doente, o psicoterapeuta trata desde síndrome do pânico e compulsão alimentar a alcoolismo. Revela que a dependência química acomete, cada vez mais, os jovens. Diz ele: ?É possível prever que, daqui a vinte anos, haverá aumento considerável do número de dependentes químicos, pessoas que dormem mal sem álcool suficiente circulando pelo organismo, acordam com tremores e só sossegam no momento em que bebem?. Gikovate dá um conselho importante para quem convive com um dependente de álcool ou de drogas: ?Cobrar é sempre indevido, porque cada um tem o direito de fazer absolutamente o que quiser?. Subliminarmente, diz que é preciso, além de oferecer tratamento adequado, ter paciência: ?Mudar hábitos é um processo dificílimo. Para fabricar associações, basta um instante; para dissociar, demora um inferno de tempo?.
Literatura e psicanálise: encontros contemporâneos
Sobre
Talvez você seja redirecionado para outro site