Luiz Gama
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uma lei de 7 de novembro de 1831 proibisse a entrada de africanos escravizados no Brasil,
Por meio do pseudônimo de Getulino, segundo estudiosos, Gama reafirmava suas origens, já que antigos mapas da África apresentavam, ao Norte, uma região de nome Getúlia11
todo escravo que assassina o seu senhor pratica um ato de legítima defesa.
Em 30 de setembro de 1869, ele escreveu no Radical Paulistano – publicação que ajudou a fundar, ao lado de Rui Barbosa – um artigo intitulado “Foro de Belém de Jundiaí”: Acaba de dar-se um fato contristador, senão indigno e escandaloso, no importante termo de Belém de Jundiaí, fato para o qual ouso invocar a benigna atenção de pessoas sensatas. Benedito, pertencente ao espólio de dona Ana Francisca de Morais, foi alforriado pelo herdeiro reconhecido José Bueno do Amaral. Posto, por este fato legal e incontestável, na condição de estatu líber, requereu como devia, ao juiz inventariante, para que ordenasse o recebimento, na estação competente, da quantia complementar do preço da avaliação pertencente aos demais herdeiros, que a isso não se opuseram. Atendida esta justa providência, e cumpridos os demais preceitos jurídicos, dever-se-ia, em prol do peticionário, passar carta de liberdade. O estolido juiz, porém, resolveu a questão indeferindo o requerimento, e mandando vender em hasta pública o peticionário, quando ele já não era escravo!… Esta lamentável ocorrência é nada menos que um grave atentado, cometido bruscamente pela autoridade ignorante, contra uma vítima desprotegida. É mais uma prova eloqüente, exibida, em nome do bom senso revoltado, contra o fatal sistema de confiar-se cargos de judicatura a pessoas nimiamente ignorantes, despidas até dos comezinhos rudimentos de direito, como é seguramente o sr. Florêncio Soares Muniz, suplente do juízo municipal no Belém de Jundiaí. Em homenagem à verdade, que muito prezo, sou forçado a declarar que, escrevendo estas linhas, não tenho o intento de pôr em dúvida ou desabonar a nobreza de caráter, a honradez, ou a influência política, que hão de, por certo, sobejar ao sr. Soares Muniz, mas patentear, diante do público judicioso, a completa incapacidade intelectual desse cidadão para o desempenho de importantíssimas funções, inerentes à magistratura. É meu fim discutir um fato real, sobremodo contrári
