Esta edição de Macário e Noite na taverna, de Álvares de Azevedo, com organização, notas e posfácio de Cilaine Alves Cunha, pretende ser um marco entre as edições dessas obras. Para tal, a organizadora se utilizou da edição princeps (1855), cotejando-a com a de Homero Pires das Obras completas de Álvares de Azevedo, de 1942, vindo a estabelecer um texto mais próximo da lição original, que em geral havia se perdido nas edições de vulgarização. O extenso e precioso aparato de notas desdobra as referências onomásticas e bibliográficas dos textos, fornece esclarecimentos lingüísticos, além de indicar diferenças entre as edições utilizadas. CRÍTICAS ?À professora e pesquisadora Cilaine Alves Cunha, especialista na obra de Álvares de Azevedo, coube a organização geral e o posfácio, que funcionam como um filtro das interferências a que estiveram sujeitos os textos do autor, além de apresentar uma justa dimensão de Azevedo no contexto do romantismo, numa perspectiva bem mais profunda do que à primeira vista seria de supor-se.? Gismair Martins Teixeira, O Popular, Goiânia, 10 jul. 2007. Caderno Magazine
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No Brasil, uma das pioneiras na adaptação da narrativa do horror, ambientada em lugares sombrios com exaustivos episódios de sangue e depravação, desencadeados pelo herói celerado, foi Noite na taverna.
Depois eu vi uma forma de mulher pensativa. Era nua, e seu corpo era perfeito como o de um anjo — mas era lívido como o mármore. Seus olhos eram vidrados, os lábios brancos e as unhas roxeadas. Seu cabelo
A construção de Satã obedece às mesmas características do herói fatal desenvolvido por Byron ao longo de sua obra. Como esse herói, Satã é um indivíduo demoníaco, misterioso, rebelde e indomável,[192] podendo por isso ser visto como encarnação do romantismo brasileiro, de tendência byroniana, que tomou a vida e a obra de Byron como modelos de experiência boêmia a ser imitada na vida e na literatura.